dez 23

Neste final de 2017, o Centro de Museologia, Arqueologia e Antropologia/ CEMAARQ da FCT/Unesp desenvolveu uma série de atividades e eventos culturais, sempre acompanhados por pesquisadores e docentes. A pré-história foi o primeiro assunto que mereceu atenção especial a começar pela pedra lascada e polida, de pedra lascada, urnas funerárias e outros artefatos de pedra, como parte da Arqueologia. Em seguida, a Etnologia com abordagem dos aspectos da cultura indígena contemporânea, seguida da Paleontologia com fósseis de dinossauros, crocodilianos e quelônios da região de Presidente Prudente.

Pelas informações que nos foram prestadas, o número de visitantes deste ano chegou a 3.273, provenientes de diversas cidades da região. Dentre as quais, Adamantina, Álvares Machado, Anhumas, Assis, Bataguassu (MS), Dracena, Emilianópolis, Martinópolis, Mirante do Paranapanema, Narandiba, Regente Feijó, Sandovalina, Presidente Epitácio, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Pirapozinho, Primavera e Teodoro Sampaio.

Tabela 1: Ref. visitantes no CEMAARQ

Mês Número de turmas Número de Alunos
Fevereiro 3 84
Março 4 182
Abril 18 640
Maio 6 233
Junho 19 537
Julho 1 40
Agosto 10 318
Setembro 2 59
Outubro 12 364
Novembro 22 599
Dezembro 7 217
Total 104 3273

 

Semana do Índio

Com o objetivo de mostrar a cultura indígena, foi promovida entre 17 a 20 de Abril no CEMAARQ a Semana do Índio. O público efetivo registrado no período alcançou 434 visitantes, dentre os quais, 397 inscritos por escolas públicas e particulares de Presidente Prudente e região. Os demais visitantes: 6 estudantes da comunidade, 23 professores de educação básica e 8 alunos de graduação,

A participação das crianças nessa excursão foi muito interessante, porque todas elas foram convidadas a pintar o rosto e utilizar cocares simbólicos confeccionados em cartolina como característica indígena. Enfeites e pinturas corporais também fizeram parte dessa ornamentação.

Outro aspecto importante foi representado pela montagem de maquete simbolizando uma aldeia indígena, onde as crianças puderam compreender como é o dia-a-dia do índio. O que ele (o índio) faz para garantir sua sobrevivência, condições de vida, ambiente de convivência, ocupação, caça, pesca etc.

Alunos do curso de Geografia da FCT/Unesp atuaram como Monitores, o que lhes deu também a oportunidade de conhecer a vivência comunitária dos índios que habitaram esta região do Estado.
Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Semana do Índio: todos os anos a afluência de alunos das Escolas públicas ou particulares é sempre elevada. Basta um contato telefônico, um e-mail ou um recado confirmando presença e a Adriana ou Nikele prontamente confirmam a participação em data e horários adequados. Sempre são reservadas surpresas para os visitantes.

Semana Nacional de Museus

A Semana Nacional de Museus acontece anualmente para comemorar o Dia Internacional de Museus (18 de maio) foi realizada a Semana Nacional de Museus. Tudo em função de uma programação de âmbito federal onde os museus são convidados pelo Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM) para desenvolverem uma programação especial para essa data. Em 2017 foi proposto a realização de eventos em torno do tema “Museus e histórias controversas – dizer o indizível em museus”.

Esta semana temática realizou-se de 15 a 19 de maio de 2017 no CEMAARQ. O evento contou com três exposições: Arqueologia, Etnografia e Paleontologia. O público foi de 58 visitantes.

Semana do Meio Ambiente

O evento deste ano foi destinado principalmente aos estudantes da Rede Pública e Particular de Ensino Fundamental e Médio da cidade de Presidente Prudente e toda Região do Oeste Paulista. Com a ampla divulgação foram atendidas pessoas da comunidade em geral, e também a unespiana, como Professores, Funcionários e Graduandos dos cursos da Faculdade de Ciências e Tecnologia e outras instituições.

Assim, ao findar os dias de atividades da Semana do Meio Ambiente foram contabilizados 546 visitantes, sendo: 321 alunos de escolas públicas e particulares de Presidente Prudente e região; 16 professores da educação básica; 1 funcionário e 2 professores da FCT; 3 da comunidade em geral; 103 alunos da instituição Fundação Mirim e 100 alunos da graduação da FCT/UNESP.

As turmas das escolas agendaram as atividades de acordo com o que queriam assistir. As atividades de cada período duraram em torno de 2 horas, sendo: 1 hora para as exposições monitoradas no Boulevard e 1 hora para assistir à apresentação do setor no Auditório.

Escola do Bairro Ana Jacinta

Afastando-se do Câmpus da Unesp em Presidente Prudente, o Bairro escolhido para receber palestra sobre índios ministrada por Professores e Monitores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (curso de Geografia), foi o “Ana Jacinta”. Trata-se da Escola “Oracy Matricardi”, que no dia 21 de Agosto teve a oportunidade de conviver simbolicamente com materiais indígenas do Centro de Museologia, Arqueologia e Antropologia/CEMAARQ. Os materiais trazidos para essa demonstração foram constituídos por colares, cocares, instrumentos musicais, arco e flexa. O atendimento foi extensivo a 9 turmas do 6º ano e ainda: uma Tuma de alunos do ensino médio. Ao todo, 310 alunos aproximadamente. Com essa exposição – fora dos domínios do Câmpus – o nº de atendimentos chega a 4.129 estudantes.

Pela 1ª vez, estudantes da periferia tiveram a oportunidade de receber uma exposição atualizada sobre hábitos, costumes, objetos contemporâneos e de uso pessoal ou coletivo de uma comunidade indígena. Uma seleção de peças, desde a pedra lascada, polida ou de cerâmica confeccionadas por populações pré-históricas que conviveram com nossa região. Na Paleontologia, fósseis de animais e vegetais: crocodilianos, sáurios, quelônios, madeira fossilizada no período mesozóico. Tudo com painéis explicativos que contam sobre um passado remoto de vida em nosso planeta.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
O Centro de Museologia, Arqueologia e Antropologia/CEMAARQ tem atendimento permanente, mesmo fora dos períodos determinados para exposições ou desenvolvimento da programação de eventos. Suas portas estão abertas no horário do expediente de 2ª a 6ª feira e as pessoas interessadas terão a melhor acolhida possível.

Semana do Folclore

O evento foi realizado no período de 22 a 25 de agosto de 2017 e o Museu – CEMAARQ – apresentou aos visitantes três exposições: Arqueologia, Antropologia e Paleontologia. Os visitantes puderam perceber que o Acervo é grande, principalmente acerca do tema indígena, pois há muitas peças arqueológicas, resultantes dos trabalhos de escavações na nossa região, mas também uma grande quantidade de peças indígenas do Brasil contemporâneo; além disso, fósseis paleontológicos de dinossauros, crocodilianos e quelônios, muitos dos quais foram encontrados também na nossa região.

Além das exposições, o tema “folclore” foi abordado, explicitando a importância de se manter a nossa cultura, inserindo no diálogo os personagens folclóricos, relembrando as lendas, histórias da cultura folclórica, e exposição de personagens confeccionados em isopor, para que os visitantes relembrem os principais personagens folclóricos, como Saci, Iara, Mula-Sem-Cabeça, Curupira, Bumba-Meu-Boi e Boto; foram realizadas também atividades como pular corda, amarelinha, adivinhações, trava-línguas e peteca.

As exposições fora monitoradas por três alunos do curso de geografia, voluntários. A importância de envolver alunos monitores neste tipo de evento é que eles, além do aprendizado sobre o folclore, motivam os visitantes a manterem a cultura tradicional ativa. Isso ocorre num momento em que personagens de Folclore Exógenos começam a ser divulgados. Como exemplo: o Halloween. Neste evento tivemos 293 visitantes.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Na Semana do Folclore, a Faculdade de Ciências e Tecnologia – através do CEMAARQ – se coloca à disposição de todos os visitantes, que ali poderão conhecer detalhadamente o funcionamento do Acervo folclórico, com seus personagens típicos. Desde a “mula sem cabeça”, Curupira, Bumba meu boi, Boto e outros. Ao ar livre: Atividades Lúdicas e outras atrações.

A Semana de Primavera em Museus

O CEMAARQ participa do evento Primavera de Museus que o IBRAM – Instituto Brasileiro de Museus – promove todos os anos em meados de Setembro. Este evento envolve os museus nacionais, em que cada um desenvolve atividades em torno do tema. Neste ano “Museus e suas memórias”. O evento cultural e científico foi realizado entre os dias: 18 a 22 de Setembro de 2017. Neste ano tivemos apenas uma turma de estudantes que visitou o Museu no período do evento, No total foram 46 visitantes nessa semana temática. Esperamos que em 2018 haja maior participação com delegações não só de Presidente Prudente, mas de todas as localidades vizinhas, inclusive dos Estados do Paraná e Mato Grosso do Sul.

Em Outubro: Dia do saci

O Evento “Dia do Saci” foi realizado no Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia/CEMAARQ da FCT/UNESP no dia 31 de outubro de 2017, das 08:00 às 17:00 hrs. O público efetivo do Dia do Saci foi de 73 visitantes, sendo: 23 alunos de uma escola pública, 2 professores da educação básica; 43 alunos da Fundação Mirim de Presidente Prudente, 5 alunos e 1 professor da FCT. Durante o evento foram realizadas as atividades como: visita ao museu.

Os visitantes puderam observar e ouvir explicações relativas às três exposições: Arqueologia, Antropologia e Paleontologia. Após a apresentação do Museu, foi abordado o tema “Dia do Saci”, explicando a importância de se manter a nossa cultura. Falou-se das histórias do “Saci”, um personagem que é muito conhecido no folclore brasileiro. E ainda: realizaram-se as brincadeiras populares como: “pula corda, amarelinha e peteca” Venha nos prestigiar nos próximos eventos que já estão sendo elaborados, com a principal finalidade de promover cultura e maior nível de conhecimentos perante a comunidade.

Clique para ampliar!
Em 31 de Outubro é festejado o “Dia do Saci”, aquele moleque de uma perna só que faz misérias em toda a parte. A garotada se diverte com as peripécias desse personagem de nosso folclore. Quem quiser conhecer melhor é só comparecer ao Câmpus da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp, em Presidente Prudente.O acesso é livre, mas é bom fazer a reserva antecipada.

escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

dez 22

Tendo como seu Orientador, o Prof.Dr.Eliseu Savério Sposito do Departamento de Geografia da FCT/Unesp – Presidente Prudente/SP`- o candidato José Maria do Rosário Chilaule Langa, do curso de Pós-Graduação em Geografia fez sua defesa pública de tese de Doutorado. No dia 15 de Dezembro de 2017, perante a Comissão Examinadora reunida no Anfiteatro VI, o Doutorando enalteceu o tema: Geografia de Moçambique; um olhar para a história e epistemologia. Na tese que defendeu, Langa apresenta a narração da História da Geografia, usando o processo de institucionalização no ensino superior para datar o inicio dessa história. Para tal, usou três metodologias que o ajudaram na aproximação do objtivo da pesquisa – documental e bibliográfica – além de entrevistas.

Fazendo parte como integrantes da mesa e da Comissão Examinadora – além do Orientador já citado – os seguintes docentes: Prof.Dr.Manoel Fernandes de Souza Neto, da FFLCH/USP/São Paulo-SP; Prof.Dr.Zacharias Alexandre Ombe, da Geografia da Universidade Pedagógica de Moçambique; Prof.Dr.Necio Turra Neto, do Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP – Câmpus de Presidente Prudente/SP – e Profª.Drª.Rosana Figueiredo Salvi, de Geociências da Universidade Estadual de Londrina/UEL-PR.

A tese defendida por Langa

O Doutorando José Maria do Rosário Chilaule Langa deu inícioà sua defesa pública, dizendo: Em 1969 foi criando o primeiro curso de Geografia no ensino superior em Moçambique, desde o tempo colonial. Assim, podemos entender três períodos da Geografia em Moçambique, que são: colonial, pós-colonial e contemporâneo. Nesses três períodos fica que a Geografia foi feita de forma diferente. Tanto sob ponto de vista de temas, Escola Geográfica e atores, muito por causa do processo histórico e político que país viveu e tem vivido. Destacam se nesta História da Geografia em Moçambique três geógrafos moçambicanos Aniceto dos Muchangos, Manuel de Araújo e Rachael Thompson, professores e pesquisadores da Geografia que com sua prática docente e investigativa vão delimitando os vários saberes desta ciência, caracterizando a Geografia de Moçambique em três áreas de saber: Geografia das Regiões Naturais, Geografia da População e Povoamentos e Ensino de Geografia.

Langa acrescenta: “A Geografia em Moçambique nasce do berço da Escola Francesa, sendo responsáveis por esse nascimento as Professoras Maria Eugénia, Celeste Coelho e Clara Mendes, geógrafas que formaram se em Portugal e iniciaram suas práticas docentes em Moçambique na então Universidade Lourenço Marques, onde fizeram do território moçambicano, objeto de estudo da Geografia, por isso a elas chamamos de Mães da Geografia em Moçambique. Após o período colônia há indecência da Escola Russa de Geografia marcou o sul deste saber e isso não foi só na Geografia mas em todos setores de desenvolvimento do país após o processo do fim da colonização. Nesse período dá para pensar uma Escola Nacional de Geografia, pelo papel deste saber científico na definição e construção de país, principalmente na formação de professores”.

Diversidade de temas

O terceiro momento é o que a Geografia em Moçambique vem vivendo nos dias de atuais – diz o Doutorando – que inclui: a diversidade de temas, o encontro de várias Escolas que se materializam em Moçambique por causa dos vários destinos de formação dos docentes e profissionais de Geografia quando decidem fazer estudos de pós-graduação, o Brasil e a África do Sul ganham destaque neste período. Se antes vinham os Professores Doutores para Moçambique, quase todos esses professores de um país só, nos dias hoje os moçambicanos vão estudar em diversos países. O que nos possibilitou chegar aos vários conhecimentos nesta pesquisa foram conceitos que marcaram o processo de delimitação e indicação do sul desta tese, Campo Cientifico, Currículo e Escolas.

Um exercício possível foi a análise das teses defendidas pelos docentes nos Departamentos de Geografia tanto na UEM como na UP, exercício esse que dá corpo a uma primeira pontuação sobre a Epistemologia da Geografia em Moçambique. Um conceito ou categoria que podemos indicar como comum no debate teórico da Geografia em Moçambique é o de Território ou o da tríade TDR – Territorialização, Desterritorialização e Reterritorialização. Ficou claro também a preocupação da academia em buscar seu caminhar próprio, principalmente dando valor ao local, a cultura, isto é, as peculiaridades que podem servir para pensar e fazer Epistemologia do Sul na Geografia.

O Geógrafo – agora Mestre e Doutor – concluiu sua defesa pública dizendo: “Por ser juvenil a Geografia em Moçambique aponta para a necessidade de fazer de forma constante um debate e ir acompanhando os fatores que no desenvolvimento deste saber, vão surgindo. Não temos em Moçambique uma Escola, pois falta uma proposta teórica e metodológica para fazer leitura do espaço. Existem trabalhos que apresentam essa estrutura, mas não tem continuidade o que trava o nascimento da Escola, característica de um campo científico, onde vários pesquisadores vão buscar para dar valor aos seus capitais científicos”.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
O Geógrafo José Maria do Rosário Chilaule Langa, do Programa de Pós-Graduação
em Geografia fez sua defesa pública de tese de Doutorado perante a Comissão Examinadora,
tendo como Orientador, o Prof.Dr.Eliseu Savério Sposito, do Departamento de Geografia.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!

A defesa pública de tese pelo Doutorando José Maria do Rosário Chilaule Langa,
realizou-se no Anfiteatro VI da FCT/Unesp – Presidente Prudente – que esteve superlotado desde
os momentos iniciais até sua conclusão no dia 15 de Dezembro de 2017.

escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

dez 18

Com questões regionais, realizou-se nos dias 4 a 6 de Dezembro na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – o II Seminário Dinâmica Econômica e Desenvolvimento Regional. Tema central: “QUESTÕES REGIONAIS: PERSPECTIVAS E DESAFIOS CONTEMPORÂNEOS DA GEOGRAFIA ECONÔMICA”. Organização dos Grupos NUPERG (Núcleo de Pesquisas e Estudos Regionais)/UNESP-SP e GEDE (Grupo de Estudos da Dinâmica Econômica)/UNICENTRO-PR. O evento foi o 2º realizado no Brasil, pois a 1ª edição verificou-se em 2012 e foi organizado e realizado por iniciativa da Universidade Federal do Triângulo Mineiro/UFTM.

A abertura realizada no Auditório/Discente V em Presidente Prudente/SP, foi presidida pelo Prof.Dr.José Carlos Silva Camargo Filho (Vice-Diretor da FCT/Unesp), tendo a Profª.Drª.Maria Terezinha Serafim Gomes, como Coordenadora Geral. O evento cumpriu seu objetivo de proporcionar um espaço de discussões sobre temas ligados à Geografia Econômica e áreas afins, que possibilitem contribuir para o conhecimento das dinâmicas econômicas e do desenvolvimento regional. Buscando a compreensão das transformações nos espaços econômicos regionais, estabelecer e aprofundar as relações acadêmicas entre grupos de pesquisas.

A promoção proporcionou a vinda de palestrantes vindos de diversas Universidades e regiões do Brasil, objetivando uma integração de estudiosos dos temas abordados. Nesse sentido, foram convidados pesquisadores de várias universidades brasileiras com ampla experiência no tema central do evento para as conferências e mesas redondas, além da participação nos grupos de trabalhos.

No primeiro dia do evento (4/Dezº), a conferência de abertura foi proferida pela Profa. Sandra Lencioni, da Universidade de São Paulo com o tema “Questões Regionais: perspectivas e desafios contemporâneos”. A conferencista destacou a importância de pensar um projeto nacional para o Brasil; tratou do desenvolvimento geográfico desigual e diferentes formas de acumulação do capital. O destaque importante de sua conferência foi discutir o capital e suas diversas espacializações, a hegemonia do capital financeiro no contextual, deslocamento e descolamento do capital produtivo em relação ao capital financeiro. Diante destas considerações lança-se o grande de desafio para compreensão do desenvolvimento geográfico desigual e as questões regionais?

As primeiras mesas redondas

No dia 05/12, a programação foi cumprida através de mesas redondas. A 1ª delas, versando sobre “Dinâmica Econômica e desenvolvimento regional: múltiplas análises e escalas” com os professores Olga Firkowski (UFPR),María Mônica Arroyo (USP), Denise Elias (UECE), foi coordenada pela Profa. Sandra Videira (UNICENTRO). A mesa abordou os seguintes temas: a economia do conhecimento; a seletividade espacial, a valorização e desvalorização dos lugares e; as transformações neoliberais na reestruturação urbana-regional, destacando as regiões produtivas do agronegócio; os desafios de desatar os nós que sustenta o agronegócio, entre eles: nós da relação orgânica entre o estado e agronegócio o poder da bancada ruralista, os nós da criminalização dos movimentos sociais, nós da naturalização das desigualdades sociaoespaciais, sendo este último apresentado pela Profa. Denise Elias.

A mesa 2 abordou o tema: Desindustrialização do Brasil ou nova reestruturação/configuração dos espaços produtivos? Com os professores Silvia Selingardi Sampaio (UNESP-RC), Edilson Alves Pereira Junior (UECE), Lisandra Pereira Lamoso (UFGD), foi coordenada pelo Prof. Dr. Eliseu Savério Sposito (UNESP). A mesa destacou as diferentes análises sobre a desindustrialização no Brasil, conforme mostrou o Edilson; Lisandra mostrou a perda de participação da indústria no PIB;Redução do emprego industrial;Desindustrialização absoluta; Desadensamento de cadeias produtivas;Redução na participação das exportações de manufaturados; Silvia destacou a reprimarização da pauta exportadora e reconfiguração dos espaços produtivos. “A reprimarização da pauta exportadora do país é um fato de fácil constatação, mas não está necessariamente vinculada à ocorrência de desindustrialização”

“O processo de reconfiguração dos espaços produtivos no Brasil é um movimento da indústria no território que se desenrola desde a década de 1970, continua ativo e não parece estar atrelado à suposta recente desindustrialização. Já a desindustrialização resta controversa, principalmente por causa das dificuldades teóricas de conceituação e de escolha dos indicadores mais adequados.

De qualquer modo, ainda que não seja “tecnicamente” uma desindustrialização precoce, não pairam dúvidas de que o setor industrial nacional vem sofrendo, há décadas, pesadas perdas, sofre estagnação ou regressão em muitos setores, e precisaria de atenção especial. A última diretriz industrial surgida foi o Plano Brasil Maior, em 2011, que buscava “Inovar para competir, competir para crescer”, e fixou limites para a utilização de componentes importados na indústria em geral e, em especial, nos setores de tecnologias, bens e serviços para energias. A recessão industrial dos últimos três anos, com certeza, não contribuiu para seu bom desempenho”.

E mais uma referência:“Estamos no olho de um furacão, que nos tolda a visão e talvez a plena racionalidade, e pode impedir uma adequada leitura desse momento tão angustiante da vida nacional, em meio ao que muitos qualificam de maior crise da história, que engessa o cotidiano do país e emperra a economia. A grande questão que fica é: qual a extensão exata dos danos e das mudanças ocorridas?

Ao mesmo tempo, é preciso refletir, buscar entender porque um país tão bem dotado pela natureza não consegue chegar ao pleno desenvolvimento, nem consegue erradicar a pobreza e as desigualdades que afligem seus habitantes, através do tempo. Entender para tentar mudar, e não para se acomodar e aceitar a eterna condição de país “emergente”, “em desenvolvimento”.

Não podemos nos entregar ao desalento, contudo. Geralmente, é em momentos de crise, em meio a “sangue, suor e lágrimas” que as sociedades são instigadas a forjar respostas e reações, em busca da solução de seus problemas” (Silvia Selingardi Sampaio).

Integração e desenvolvimento regional

No dia 6/Dezº foi desenvolvida na FCT/Unesp, a mesa redonda nª 3, sob o tema: “América Latina: integração e desenvolvimento regional”, com Leandro Bruno Santos (UFF), Antonio Marcos Roseira (UFABC), Claudete Vitte (Unicamp), foi coordenada pelo Prof. Clerisnaldo Rodrigues de Carvalho (UNESP-Ourinhos). A profa. Claudete Vitte destaca dá ênfase a integração regional, destacando o Financiamento e Projetos Prioritários do Cosiplan/Unasul e sua articulação com projetos nacionais sul-americanos: dilemas da integração regional.
A profa. Claudete destaca que:

-Os investimentos beneficiam majoritariamente as grandes empresas, os capitais transnacionais e empresas brasileiras.
-Investimentos em infraestrutura refletem o aprofundamento do modelo primário exportador de produtos minerais, commodities agrícolas,
recursos energéticos (“super ciclo” mundial das commodities).
-A IIRSA/Cosiplan fomentou processos de liberalização e de privatização de bens comuns e isso incidiu sobre conflitos socioambientais
em comunidades assentadas nas zonas de influência dos projetos.
-Países América do Sul aumentaram exportações de matérias-primas, mas vêm se “desindustrializando”.
-Mantém-se dependência de financiamento externo.
-Comprometem os recursos naturais dos países (sem uso estratégico).
-A agenda de projetos tem gerado muitos conflitos sociais muitas vezes respondidos com medidas repressivas”. (Claudete Vitte).

Geopolítica econômica

O Prof. Antonio Marcos Roseira destaca a geopolítica econômica regional, o comércio exterior do Brasil com países da América do Sul – mostrando a retração regional do Brasil após o golpe de 2016 – retratação do multilateralismo, o ataque as instituições que subsidiam os investimentos externos diretos do Brasil no exterior, como BNDES e o fim das políticas das campeãs nacionais, ou seja de grandes empresas multinacionais brasileiras que atuavam em vários países; O prof. Leandro Bruno Santos, destaca os fluxos de investimentos externos e integração regional entre o subimperalismo e o território em disputa.

Mesa redonda nº 4

Políticas Públicas, Estado e Desenvolvimento Regional, com atuação destacada dos seguintes palestrantes: Claudio Egler (UFRJ), Márcio Cataia (UNICAMP), Márcio Catelan (UNESP), coordenado Pierre Alves Costa. O prof. Cláudio Egler abordou a geoeconomia e as metrópole, destacando a explosão metropolitana nos últimos anos. Destaca que para compreender a metrópole de ponto de vista da geoeconomia é necessário definir as três relações espaciais fundamentais responsáveis pela organização do território e formação das metrópoles: 1) as relações cidade e campo; 2) as relações centro e periferia; 3) as relação capital e província. Egler faz um alerta: “É imperioso rever o Estatuto da Metrópole de modo a diferenciar o que efetivamente é uma área metropolitana, que demanda uma efetiva cooperação interfederativa na atenção às funções públicas de interesse comum de uma região metropolitana criada para atender a interesses locais e regionais”. (Claudio Egler)

Marcio Cataia tratou do federalismo e políticas públicas, destacando que a formulação e a implementação de estratégias de desenvolvimento requer articulação de três níveis de governo e os poderes laterais que atravessam o Estado. Tratou das transferências constitucionais e Transferências Discricionárias, destacando as mudanças após 2016.

Cata destaca que no período de 2003-2015/2016 nas políticas públicas sob viés neodesenvolvimentista havia uma “articulação em torno de eixos programáticos entre a União que regulava, e os municípios que executavam”; Nexos União / municípios: institucionalidade com a AGU; Conjunto de Programas, além dos repasses aos municípios. Já no período após o golpe, de 2016/2017…, destaca-se pela desarticulação: visão local, fora de um projeto federativo, pelo Retorno ao ”comércio” do Congresso Nacional, pelas Negociações caso a caso;pelo Novo enlace federativo vertical. (Marcio Cataia)

O professor Catelan abordou uma síntese da história do planejamento regional no Brasil por meio da análise dos planos estatais. O objetivo principal foi pensar como o Estado vem atuando no que se refere à relação entre a elaboração e aplicação das políticas públicas e a crescente penetração do capital nestas políticas.

Conferência de encerramento

O II Seminário: Dinâmica Econômica e Desenvolvimento Regional trouxe como convidado para a conferência de encerramento, O Prof.Dr.Armen Mamigonian, da USP/UFSC. A Coordenação foi feita pela Profª.Drª.Maria Encarnação Beltrão Sposito. Na conferência – aguardada com expectativa geral – o Professor Armen chamou a atenção para o desmonte das empresas nacionais do setor de energia e construção.

Além das conferências e mesas redondas o evento contou com grupos de trabalhos: 1) – Dinâmica urbana, múltiplas escalas e desenvolvimento regional. 2) – Dinâmica econômica e espaço agrário. 3) – Indústria, novas estruturas produtivas e desenvolvimento regional. 4) – Redes, Territórios e Desigualdades Regionais. 5) – Políticas públicas, integração e desenvolvimento regional: múltiplas escalas.

O evento realizado em 2017 durante três dias no Câmpus da FCT/Unesp em Presidente Prudente, proporcionou a vinda de palestrantes oriundos de diversas Universidades. Entre elas: USP, UFABC, UNICAMP, UNESP-RC, UNESP-PP, UFF, UFRJ, UFPR, UFGD e UECE, objetivando uma integração de estudiosos dos temas abordados.

O evento contou com participantes USP,UFABC, UNICAMP, UNESP-RC, UNESP-PP, UNESP – Ourinhos, UFF, UFRJ, UFPR,UFGD, UECE, UFG, PUC-GO, UFTM, UNICENTRO, UEL, UEM, UFMS, IFSP, UNB, UNOESTE, IEA-APTA, UNESP- Marília, IFSULMINAS, UFT, UFRN, entre outras.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Entre os dias 4 e 6 de Dezº/2017, a FCT/Unesp – sediou um evento da mais alta importância, aberto solenemente pelo Vice-Diretor, Prof.Dr.José Carlos Silva Camargo Filho, que presidiu os trabalhos.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
O II Seminário: Dinâmica Econômica e Desenvolvimento Regional debateu temas os mais atualizados sobre Questões Regionais – Perspectivas e desafios contemporâneos da Geografia Econômica.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
A Coordenação Geral desse evento significativo foi confiada à Profª. Drª. Maria Terezinha Serafim Gomes, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Presidente Prudente.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Temas atribuídos à região de Presidente Prudente também tiveram enfoque especial através da Profª.Drª. Maria Encarnação Beltrão Spósito, do Departamento de Geografia da FCT/Unesp.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Políticas públicas voltadas ao espaço rural ; Programa de Aquisição de alimentos e desenvolvimento sustentável, microbacias e assentamentos. Temas defendidos pela Profª Drª.Rosângela Aparecida de Medeiros Hespanhol.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
O Prof.Dr.Armen Mamigonian (ex-Docente da Unesp), veio representar, como convidado a USP/UFSC e teceu considerações sobre o momento atual, especialmente nos setores político e econômico.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Nos momentos finais do evento vieram as flores – muitas flores para presentear os que atuaram neste evento de expressão nacional – especialmente alunos e professores – que tiveram excelente participação no evento.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
O palco do Auditório/Discente V da FCT/Unesp recebeu grande contingente de alunos, colaborando para o êxito deste II Seminário: Dinâmica Econômica e Desenvolvimento Regional. De parabéns a Profª.Drª.Maria Terezinha Serafim Gomes!

escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

dez 09

Entre os dias 2 e 5 de Dezembro na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – foram desenvolvidas três dissertações de Mestrado/Geografia. As dissertações do Programa de Pós-Graduação em Geografia foram defendidas publicamente no Anfiteatro VI (2) e no Salão de reuniões da central de Grupos de Pesquisa.

No dia 2/Dezº às 9hs, Rodrigo Bernardes Freire se apresentou perante a Comissão Examinadora, presidida pelo Prof.Dr.Cláudio Antônio de Mauro, da FCT/Unesp , atuando também como Orientador do Mestrando. Às 13hs, no mesmo local – Anfiteatro VI – foi a vez do candidato ao Mestrado de Geografia, Lucinei Aparecido Euzébio, tendo como Orientador o Prof.Dr.Cláudio Antônio de Mauro.

Também fazendo parte da mesa nas duas defesas de dissertação de Mestrado, os docentes: Prof.Dr.José Mariano Caccia Gouveia, do Deptº de Geografia da FCT/Unesp; Profª.Drª.Ana Paula Marques Ramos, da Universidade do Oeste Paulista/UNOESTE; Profª.Drª.Renata Ribeiro de Araujo, do Deptº de Planejamento, Urbanismo e Ambiente da FCT/Unesp e Prof.Dr.José Aparecido dos Santos, das Faculdades Adamantinenses Integradas/UNIFAI.

Os temas desenvolvidos e defendidos publicamente pelos candidatos ao Mestrado de Geografia foram: “Priorização de áreas para restauração ecológica na UGRHI – Pontal do Paranapanema/SP-Brasil”, por Rodrigo Bernardes Freire e “Coleta Seletiva – Desafios na implantação e suas possibilidades por meio da Educação Ambiental”, por Lucinei Aparecido Euzébio.

No dia 5/Dezº às 14hs na Sala de Reuniões da Central de Grupos de Pesquisa, apresentou-se o Mestrando Éverton Henrique Gonçalves Cardoso, do Programa de Pós-Graduação em Geografia da FCT/Unesp. O tema por ele defendido, versou sobre “Fragilidade Ambiental e ações de educação em bacias hidrográficas: o caso do Ribeirão Negrinha” – ( na área rural de Osvaldo Cruz/SP).

Para o desenvolvimento de seu trabalho de pesquisa, Éverton teve como Orientadora a Profª.Drª. Isabel Cristina Moroz Caccia Gouveia, do Deptº de Geografia da FCT/Unesp. Além da Orientadora, atuaram como membros da Comissão Examinadora: o Prof.Dr.João Osvaldo Rodrigues Nunes, do Deptº de Geografia da FCT/Unesp e Prof.Dr.José Aparecido dos Santos, das Faculdades Adamantinenses Integradas/UNIFAI.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
O candidato ao Mestrado de Geografia, Rodrigo Bernardes Freire foi o 1º a se apresentar perante a Comissão Examinadora para sua defesa pública, tendo como Orientador o Prof.Dr.Cláudio Antônio Di Mauro, da FCT/Unesp.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
O candidato seguinte a fazer sua defesa pública de dissertação de Mestrado foi Éverton Henrique Cardoso, do Programa de Pós-Graduação em Geografia, tendo como Orientadora a Profª.Drª. Isabel Cristina Moroz Caccia Gouveia, da FCT/Unesp.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Lucinei Aparecido Euzébio , do Programa de Pós-Graduação em Geografia se apresentou perante a Comissão Examinadora para a defesa de sua dissertação de Mestrado, tendo como Orientador o Prof.Dr.Cláudio Antônio Di Mauro, da FCT/Unesp.

escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

dez 09

Tendo como Orientador o Prof.Dr.Eliseu Savério Sposito, a candidata Dayana Aparecida Marques de Oliveira – do Programa de Pós-Graduação em Geografia – defendeu sua tese de Doutorado no dia 4 de Dezembro de 2017. A defesa pública foi realizada perante a Comissão Examinadora, a partir das 8h30 no Anfiteatro II, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente.

Como parte integrante da mesa dos trabalhos – além do Orientador já citado – atuação dos docentes: Prof.Dr.Antonio Nivaldo Hespanhol, da FCT/Unesp; Prof.Dr.Cássio Antunes de Oliveira, Pósdoc FCT/Unesp; Profª.Drª.Lisandra Pereira Lamoso, da Faculdade de Ciências Humanas, da Universidade Federal da Grande Dourados/MS e Prof.Dr.Claudio Antonio Egler, do Deptº de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O tema desenvolvido pela Doutoranda versou sobre: “Geopolítica e Integração Regional: uma análise dos projetos de infraestrutura de transportes entre Brasil e Paraguai”. A partir da análise do processo de integração regional sul americano, considerando o Mercosul e o papel desempenhado pelo Brasil.

“Afirmamos que existe uma estreita relação entre Integração Regional e Geopolítica, na qual os projetos internacionais de infraestruturas podem ser considerados como pontos de encontro entre ambos” – acentuou a candidata ao Doutorado.
Perante à Comissão Examinadora, Dayana defendeu a tese de que “a relação assimétrica e desigual entre Brasil e Paraguai na América do Sul, demonstra complexidade do sistema regional. Que na sua opinião deve ser lida não só a partir do contexto (geo) político regional, associado por sua vez ao sistema mundo”.

A Doutoranda acrescenta: “Se por um lado a ampliação da exportação de commodities e dos acordos de integração regional demanda o planejamento e investimento em projetos de infraestruturas – sobretudo de transportes – por outro lado, a fragilidade institucional e financeira dos acordos regionais, contribuiu para o atraso no cronograma de execução desses projetos”.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Dayana Aparecida Marques de Oliveira fez sua defesa pública de tese de Doutorado no dia 4/Dezº de 2017, tendo como Orientador, o Prof.Dr.Eliseu Savério Spósito, do Deptº de Geografia da FCT/Unesp – Presidente Prudente/SP.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
A Doutoranda se apresentou perante à Comissão Examinadora, reunida no Anfiteatro II a partir das 8h30, sendo prestigiada por familiares e amigos que aqui compareceram.

escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

dez 07

No período de 20 a 24 de Novembro de 2017, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – sediou importantes eventos, organizados e promovidos pelo curso de Graduação em Geografia: o IV Seminário Nacional de integração da Graduação e Pós-Graduação em Geografia, a XVIII Semana da Geografia e o XIII Encontro de Estudantes de Licenciatura em Geografia. O tema escolhido para o evento neste ano foi “Geografias marginais: cultura e diversidade”.

A Geografia contemporânea abre-se a consideração da diversidade sociopolítica e cultural. Uma abertura que se impõe à nossa disciplina, sob pena dela ficar de fora dos principais debates políticos e científicos da atualidade. Seja porque não há como compreender o mundo da globalização sem considerar as culturas que viajam e os lugares como espaços atravessados por inúmeras referências transterritoriais; seja porque, pelo menos desde a década de 1960, uma série de movimentos sociais têm reivindicado visibilidade diante da ciência, como os movimentos feminista, negro, LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transexuais, Transgêneros, Travestis e Intersexos) e pós-colonial.

Das inúmeras implicações desta abertura, duas merecem ser colocadas em discussão: o repertório teórico, conceitual e metodológico da Geografia, para considerar seriamente a diversidade, precisa ser reimaginado; e, a incorporação de novas temáticas, acompanhadas de mudanças no repertório da disciplina, acaba por reposicionar a Geografia no cenário dos debates políticos progressistas contemporâneos – questão urgente, dada a sequência de retrocessos que vemos desfilar diante de nossos olhos.

Visando contemplar a temática apresentada para o evento, as mesas foram montadas buscando trazer reflexões a cerca dos pontos elencados para a discussão, onde tivemos a presença de docentes, representantes de coletivos e alunos que puderam trazer ao debate ideias para prosseguirmos neste debate de suma importância diante da caracterização atual da sociedade contemporânea:

Programação extensa

A conferência de abertura foi proferida pelo Prof. Dr. Renato Emerson Nascimento dos Santos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que foi Diretor da ABG, biênio 2006 – 2008 e presidente da Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), biênio 2012 – 2014. No dia seguinte, realizou-se Mesa redonda sobre Questões Ambientais, com atuação da Profa. Dra. Juliana Grasiéli Bueno Mota, da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), com experiência nas temáticas: Geografia e povos indígenas, geografia agrária, movimentos sociais, conflitos no campo, território, territorialidade, cultura e identidade. No mesmo dia, atuação do Prof. Dr. José Mariano Caccia Gouveia, Professor Assistente Doutor pela Faculdade de Ciência e Tecnologia – Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) – Campus de Presidente Prudente/SP.

Na sequência, apresentou-se o Prof. Dr. Antonio Thomaz Junior, Docente Titular pela Faculdade de Ciência e Tecnologia – Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) – Campus de Presidente Prudente/SP. Com uma fala voltada para a questão do trabalho, o Prof. Dr. Thomaz Junior buscou trazer ao debate os processos de perda de direitos que o trabalhador brasileiro tem vivido atualmente. Nessa mesma discussão, o palestrante demonstrou o processo de degradação que o solo do Estado de São Paulo tem enfrentado nos últimos anos devido ao processo de expansão da cana de açúcar no Estado, além da ocorrência de doenças, poluição das águas, mecanização do trabalho etc.

Mesas Redondas

No dia 22 de Novembro/2017, registrou-se outra importante Mesa redonda que contou com a presença e participação da Profa. Msc. Larissa Araújo Coutinho de Paula – Doutoranda em Geografia pelo Programa de Pós – Graduação em Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) – Campus de Presidente Prudente/SP.

A Profa. Msc. Larissa buscou evidenciar a dificuldade de se debater o papel da mulher na sociedade, em específico, a mulher camponesa. A seguir, Walleria Suri Zafalon – Ativista do movimento LGBT – Cofundadora do Grupo Somos de Presidente Prudente/SP. Estudante de Direito do Centro Universitário Antônio Eufrásio de Toledo de Presidente Prudente/SP. Walleria trouxe relatos de sua vivência como mulher transexual, onde destacou sua militância em prol de combater as injustiças sociais do seu cotidiano.

O Prof. Dr. Raul Borges Guimarães, trouxe as pesquisas que tem realizado no âmbito da sua atuação em vários grupos de pesquisa da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Estadual Paulista (FCT/UNESP) – Campus de Presidente Prudente/SP, na área da Geografia da Saúde, onde apresentou pesquisas voltadas para a mulher negra, gays, transexuais e travestis, como forma de apresentar a importância dessas minorias para a pesquisa geográfica.

Outras atividades

No dia 23 de novembro, o evento teve outras atividades que envolveram todos os participantes. Para a Mesa redonda, contamos com a presença do Centro Acadêmico de Geografia (CAGEO) da FCT/Unesp, com representantes do Coletivo “Mãos Negras” e do “Levante Popular da Juventude”. Nesta mesa foi destacada a presença destes no âmbito da FCT/UNESP, demonstrando a atuação deles na busca da valorização dos direitos dos alunos da universidade.

Na Sexta – feira (24/11), realizou–se Conferência de Encerramento, com atuação do Prof. Dr. Juarez Tadeu de Paula Xavier – Graduação em Comunicação Social Jornalismo pela Pontifica Universidade Católica de São Paulo (PUC – SP) – 1990 mestrado (2000) e doutorado (2004) pelo Programa de Pós – Graduação em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo PROLAM/USP.

Em seu pronunciamento, o Prof. Dr. Juarez apresentou o histórico de atuação do Movimento Negro no Brasil, com suas dificuldades, suas lutas através dos anos, buscando combater o preconceito racial, existente nas universidades brasileira e na sociedade brasileira. Destacou a importância das “Geografias marginais”, como temática descentralizada de uma sociedade conservadora, homofóbica e cada vez mais racista.

Justa homenagem

No encerramento dos eventos realizados no Anfiteatro I da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – que envolveram grande número de participantes foram tributadas homenagens a duas destacadas personalidades: a Professora Emérita, Ruth Künzli e a Assistente Administrativa, Aparecida Tamae Otsuka. Desde longa data, ambas vem prestando inestimáveis serviços que beneficiam diretamente toda a comunidade universitária.

Clique para ampliar!

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
No Anfiteatro I da FCT/Unesp foram desenvolvidos todos os eventos previamente programados pelos seus organizadores.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Os temas previamente programados foram cumpridos à risca por todos os convidados presentes no local determinado.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
A platéia que compareceu desde o 1º dia se manteve fiel ao esquema previamente traçado, prestigiando a promoção.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Na etapa final – no dia 24 de Novembro – um convidado muito especial: Prof.Dr.Juarez Tadeu de Paula Xavier e homenagens especiais.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
A Professora Emérita da FCT/Unesp, Ruth Künzli e a Assistente Administrativa, Aparecida Tamae Otsuka receberam homenagens.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Em destaque as duas homenageadas da noite de encerramento dos eventos da Geografia, especialmente dos Licenciandos.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Cada uma das homenageadas fez questão de transmitir suas palavras, como forma de agradecimento e pelo reconhecimento.

escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

dez 01

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – registrou no fechamento da 2ª quinzena de Novembro/2017, duas dissertações de Mestrado/Matemática e Geografia e uma tese de Doutorado/Geografia. As defesas públicas ocorreram nos dias 17, 21 e 28 de Novembro no Anfiteatro VII (2) e Anfiteatro II (1), respectivamente.

No dia 17/Novº (às 9hs da manhã), o candidato Neylan Leal Dias, do Programa de Pós-Graduação em Matemática Aplicada e Computacional se apresentou perante A Comissão Examinadora para realizar sua defesa pública de dissertação de Mestrado, tendo como Orientador o Prof.Dr.Messias Meneguette Júnior, do Deptº de Matemática e Computação da FCT/Unesp.

Tema defendido pelo Mestrando: “Análise do método SPH via Modelo de Ruptura de Barragem”. Fizeram parte da mesa, além do Orientador, os docentes: Profª.Drª.Simone de Almeida Delphin, da Universidade Federal do Amapá/UNIFAP e Prof.Dr.Carlos Alberto Dutra Fraga Filho, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo/Unidade Vitória.

A dissertação seguinte foi defendida publicamente no dia 28/Novº ela candidata Carolina Bugalho Kohori, do Programa de Pós-Graduação em Geografia. Tema: “Mudanças no uso da terra no alto curso de bacia do Ribeirão dos Ranchos – Adamantina/SP – e impacto sobre os cursos d’água”. A Mestranda teve como seu Orientador o Prof.Dr.Édson Luís Piroli, da Coordenadoria Executiva da Unesp/Unidade Ourinhos-SP.

Compondo a Comissão Examinadora – além do Orientador – os seguintes docentes: Profª.Drª.Isabel Cristina Moroz Caccia Gouveia, do Deptº de Geografia da FCT/Unesp e Prof.Dr.Rodrigo Cézar Criado, da Toledo – Centro Universitário “Antonio Eufrásio de Toledo”, de Presidente Prudente. A defesa pública foi desenvolvida no período da tarde (após às 14hs) no Anfiteatro II, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Presidente Prudente/SP.

Tese de Doutorado – Progr.Geografia

Coube ao candidato Rodrigo Vitor Barbosa de Sousa, do Programa de Pós-Graduação em Geografia, desenvolver a única tese de Doutorado da 2ª. quinzena de atividades no mês de Novembro, na FCT/Unesp. O Orientador foi o Prof.Dr.Paulo César Rocha, do Deptº de Geografia da FCT/Unesp. Tema: “Ocorrências de inundações no baixo curso do Rio Tibagi, município de Jataizinho/Paraná – variáveis determinantes”.
Fazendo parte da Comissão Examinadora, os seguintes docentes: Prof.Dr. Marcelo de Oliveira Latuf, do Instituto de Ciências da Natureza/UNIFAL – Alfenas/MG; Prof.Dr.José Tadeu Garcia Tommaselli e Profª.Drª.Isabel Cristina Moroz Caccia Gouveia, ambos do Deptº de Geografia, da FCT/Unesp e Prof.Dr.André Luiz Pinto, do Deptº de Ciências Humanas, da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul/ UFMS.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!No dia 17/Novº no Anfiteatro VII da FCT/Unesp apresentou-se perante a Comissão Examinadora, o candidato Neylan Leal Dias para sua defesa de dissertação de Mestrado/Matemática.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
Carolina Bugalho Kohori fez sua defesa pública de dissertação de Mestrado/Geografia, tendo como Orientador o Prof.Dr. Édson Luis Piroli, da Coordenadoria Executiva da Unesp/Ourinhos-SP

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
A única defesa de tese de Doutorado verificou-se em 28/Novº, onde se apresentou perante a Comissão Examinadora, o Doutorando Rodrigo Vitor Barbosa Sousa, do Programa de Pós-Graduação em Geografia.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
No Anfiteatro VII da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – as atividades são constantes, com defesas de Doutorado e dissertações de Mestrado.

escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP