dez 22

Tendo como seu Orientador, o Prof.Dr.Eliseu Savério Sposito do Departamento de Geografia da FCT/Unesp – Presidente Prudente/SP`- o candidato José Maria do Rosário Chilaule Langa, do curso de Pós-Graduação em Geografia fez sua defesa pública de tese de Doutorado. No dia 15 de Dezembro de 2017, perante a Comissão Examinadora reunida no Anfiteatro VI, o Doutorando enalteceu o tema: Geografia de Moçambique; um olhar para a história e epistemologia. Na tese que defendeu, Langa apresenta a narração da História da Geografia, usando o processo de institucionalização no ensino superior para datar o inicio dessa história. Para tal, usou três metodologias que o ajudaram na aproximação do objtivo da pesquisa – documental e bibliográfica – além de entrevistas.

Fazendo parte como integrantes da mesa e da Comissão Examinadora – além do Orientador já citado – os seguintes docentes: Prof.Dr.Manoel Fernandes de Souza Neto, da FFLCH/USP/São Paulo-SP; Prof.Dr.Zacharias Alexandre Ombe, da Geografia da Universidade Pedagógica de Moçambique; Prof.Dr.Necio Turra Neto, do Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP – Câmpus de Presidente Prudente/SP – e Profª.Drª.Rosana Figueiredo Salvi, de Geociências da Universidade Estadual de Londrina/UEL-PR.

A tese defendida por Langa

O Doutorando José Maria do Rosário Chilaule Langa deu inícioà sua defesa pública, dizendo: Em 1969 foi criando o primeiro curso de Geografia no ensino superior em Moçambique, desde o tempo colonial. Assim, podemos entender três períodos da Geografia em Moçambique, que são: colonial, pós-colonial e contemporâneo. Nesses três períodos fica que a Geografia foi feita de forma diferente. Tanto sob ponto de vista de temas, Escola Geográfica e atores, muito por causa do processo histórico e político que país viveu e tem vivido. Destacam se nesta História da Geografia em Moçambique três geógrafos moçambicanos Aniceto dos Muchangos, Manuel de Araújo e Rachael Thompson, professores e pesquisadores da Geografia que com sua prática docente e investigativa vão delimitando os vários saberes desta ciência, caracterizando a Geografia de Moçambique em três áreas de saber: Geografia das Regiões Naturais, Geografia da População e Povoamentos e Ensino de Geografia.

Langa acrescenta: “A Geografia em Moçambique nasce do berço da Escola Francesa, sendo responsáveis por esse nascimento as Professoras Maria Eugénia, Celeste Coelho e Clara Mendes, geógrafas que formaram se em Portugal e iniciaram suas práticas docentes em Moçambique na então Universidade Lourenço Marques, onde fizeram do território moçambicano, objeto de estudo da Geografia, por isso a elas chamamos de Mães da Geografia em Moçambique. Após o período colônia há indecência da Escola Russa de Geografia marcou o sul deste saber e isso não foi só na Geografia mas em todos setores de desenvolvimento do país após o processo do fim da colonização. Nesse período dá para pensar uma Escola Nacional de Geografia, pelo papel deste saber científico na definição e construção de país, principalmente na formação de professores”.

Diversidade de temas

O terceiro momento é o que a Geografia em Moçambique vem vivendo nos dias de atuais – diz o Doutorando – que inclui: a diversidade de temas, o encontro de várias Escolas que se materializam em Moçambique por causa dos vários destinos de formação dos docentes e profissionais de Geografia quando decidem fazer estudos de pós-graduação, o Brasil e a África do Sul ganham destaque neste período. Se antes vinham os Professores Doutores para Moçambique, quase todos esses professores de um país só, nos dias hoje os moçambicanos vão estudar em diversos países. O que nos possibilitou chegar aos vários conhecimentos nesta pesquisa foram conceitos que marcaram o processo de delimitação e indicação do sul desta tese, Campo Cientifico, Currículo e Escolas.

Um exercício possível foi a análise das teses defendidas pelos docentes nos Departamentos de Geografia tanto na UEM como na UP, exercício esse que dá corpo a uma primeira pontuação sobre a Epistemologia da Geografia em Moçambique. Um conceito ou categoria que podemos indicar como comum no debate teórico da Geografia em Moçambique é o de Território ou o da tríade TDR – Territorialização, Desterritorialização e Reterritorialização. Ficou claro também a preocupação da academia em buscar seu caminhar próprio, principalmente dando valor ao local, a cultura, isto é, as peculiaridades que podem servir para pensar e fazer Epistemologia do Sul na Geografia.

O Geógrafo – agora Mestre e Doutor – concluiu sua defesa pública dizendo: “Por ser juvenil a Geografia em Moçambique aponta para a necessidade de fazer de forma constante um debate e ir acompanhando os fatores que no desenvolvimento deste saber, vão surgindo. Não temos em Moçambique uma Escola, pois falta uma proposta teórica e metodológica para fazer leitura do espaço. Existem trabalhos que apresentam essa estrutura, mas não tem continuidade o que trava o nascimento da Escola, característica de um campo científico, onde vários pesquisadores vão buscar para dar valor aos seus capitais científicos”.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!
O Geógrafo José Maria do Rosário Chilaule Langa, do Programa de Pós-Graduação
em Geografia fez sua defesa pública de tese de Doutorado perante a Comissão Examinadora,
tendo como Orientador, o Prof.Dr.Eliseu Savério Sposito, do Departamento de Geografia.

Clique para ampliar! Clique para ampliar!

A defesa pública de tese pelo Doutorando José Maria do Rosário Chilaule Langa,
realizou-se no Anfiteatro VI da FCT/Unesp – Presidente Prudente – que esteve superlotado desde
os momentos iniciais até sua conclusão no dia 15 de Dezembro de 2017.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

Os comentários estão fechados.