A Química é uma ciência que possui uma linguagem própria, com fórmulas, estruturas e equações químicas que devem ser ensinadas pelos professores. Existem críticas sobre a forma como a Química é tradicionalmente ensinada no Ensino Médio, que valoriza a aprendizagem de conceitos descontextualizados e que muitas vezes remete a uma aprendizagem mecânica, na qual os estudantes devem decorar nomes e símbolos, como a tabela periódica. Diante de inúmeros paineis em exposição se aprende muita coisa, cujos trabalhos foram produzidos pelos próprios alunos que cursaram a disciplina de instrumentação para o ensino de Química, no DFQB da FCT/Unesp.
O Professor Gustavo Bizarria Gibin (Organizador do evento), marcou presença no Centro Cultural Matarazzo desde a preparação da mostra, até sua abertura oficial. E posteriormente continua prestando informes a todos os visitantes. É ele quem diz: “Atualmente no ensino de Ciências e de Química, existem inúmeras metodologias que priorizam a construção de conhecimentos e de outras habilidades: desenvolvimento do raciocínio, uso de argumentação, melhorias nas habilidades de comunicação oral e escrita, dentre outros. Muitos professores de Química não evidenciam as relações entre os conteúdos e/ou conceitos químicos com diferentes contextos, como: o cotidiano, o social, o ambiental, ou tecnológico”.
Quem chega ao local de exposição, se depara inicialmente com o aspecto curioso da produção de fogos de artifício. Será que a Química pode explicar tais fenômenos? De onde vem essas cores? Confira isso e muito mais: A química produzida no café, que possui propriedades antioxidantes, combate os radicais livres e melhora o desempenho da prática esportiva. “É verdade que o café tira o sono?” O trabalho foi bem produzido e cita a Denosina, como um neuro modulador que diminui a taxa de descargas nervosas e expontâneas, deixando a pessoa pronta para descansar.
Nos paineis expostos, há também referências a descobertas acidentais, como o aparecimento e a paixão pelos perfumes, maquiagem e algumas substâncias usadas como explosivos, ou desinfetantes – utilizados inclusive na água das piscinas como hipoclorito – para evitar contaminações. E mais: a química presente no cimento, nos polímeros através do polietileno sintetizado pela 1ª vez, em 1898 por um processo de aquecimento; a química nos alimentos, nos dentes com emprego do fluor para se proteger contra as cáries; no leite de consumo diário e até a poluição atmosférica que provoca o desequilíbrio no meio ambiente, agravando os problemas de saúde humana e outros seres vivos.
E o Prof. Gibin acrescenta: “Consideramos que realmente é importante que os professores introduzam metodologias alternativas à tradicional em suas práticas de ensino. Assim, o objetivo principal dessa exposição é mostrar que a Química realmente está em todo o lugar e que os futuros professores de Química podem mostrar a relevância dessa disciplina. Os trabalhos foram desenvolvidos inicialmente na disciplina de Instrumentação para o Ensino de Química II, oferecida para alunos do 10º semestre do curso de Licenciatura em Química da UNESP de Presidente Prudente”.
Os licenciandos escolheram temas para elaborar painéis explicativos. Os temas selecionados envolvem a química presente nos alimentos, no café e no leite, nos dentes, no sabão e no detergente, nos polímeros, nas flores, nas piscinas, no cimento, no sono, na poluição, nos explosivos, nas flores e nos fogos de artifício. Nesses painéis, além de conteúdos químicos, são discutidos aspectos ambientais, históricos, tecnológicos. Portanto, o conhecimento químico é apresentado dentro de vários contextos, que evidenciam a importância da Química para a sociedade.
Além disso, os licenciandos utilizaram formas de linguagem típicas da Química – como fórmulas químicas e estruturais – representações de átomos, moléculas e íons, além do uso de fotos que apresentam o mundo observável.
A Química, realmente está em todo lugar. Mas em Presidente Prudente, a única exposição de paineis produzidos por alunos de graduação do DFQB (Licenciandos do 10º Semestre) ocorre pela 1ª vez e vai até 03/Maio de 2015.
O Centro Cultural Matarazzo está sediando essa importante exposição de trabalhos desenvolvidos por futuros professores que cursaram a disciplina de instrumentação para o ensino de Química 2 da FCT/Unesp.
O Prof.Carlos J.Leopoldo Constantino (Casé), prestigiou o evento juntamente com o mais novo participante da exposição organizada pelo Prof.Gustavo Gibin. Um dos painéis evidencia o café, dotado de propriedades antioxidantes.
O Anfitrião, Prof.Gibin recepcionou os visitantes, ao lado dos expositores (Licenciandos) que elaboraram os painéis, a fim de demonstrar que a Química está presente em todo lugar. Desde o ar que respiramos, os alimentos que ingerimos, a maquiagem, em perfumes e em explosivos.