abr 16

O Dia Nacional de Conservação do Solo foi comemorado este ano no Campus da Unesp em Presidente Prudente com palestras e lançamento de um livro, escrito por três autores: Jerônimo D.D. ; Perozzi A.B. e Nunes J.O.R., cujo título é “Trilhando os solos: Atividades Lúdicas e Jogos no ensino do Solo”. As palestras para marcar a passagem da efeméride foram proferidas no Auditório I da FCT/UNESP por dois renomados especialistas: José Mariano Caccia Gouveia e Isabel Cristina Moroz Caccia Gouveia, sob a coordenação do Prof.Dr.João Osvaldo Rodrigues Nunes, do Departamento de Geografia. Tema: “Perda do solo: causas e conseqüências”.

Os palestrantes abordaram aspectos da erosão e assoreamento que ameaçam a maioria das cidades do Estado e do país, ressaltando que nos últimos anos, São Paulo gastou em números redondos, perto de 24 milhões no desassoreamento do Tietê, retirando do rio cerca de 6 milhões de m3 de sedimentos e lixo, conforme dados do próprio DAEE. As despesas não foram maiores porque praticamente se desistiu do desassoreamento do lago da barragem da Penha. Conseqüência: a erosão hídrica é responsável por aproximadamente 55% dos quase 2 bilhões de hectares degradados no mundo.

As palestras foram resumidas da seguinte forma: Na Pedagogia e sobretudo, na Geografia o solo é compreendido como componente da paisagem resultante das interações entre clima, rocha, relevo, atividade biológica, tempo e ação antrópica. Sob essa perspectiva, é fundamental entender que as dinâmicas e as inter-relações desses componentes, apresentam um frágil equilíbrio. Partindo desse pressuposto, apresentou-se como esses processos que ocorrem num ambiente ainda não significativamente alterado pelas intervenções humanas. Em seguida, alguns exemplos do rompimento desse equilíbrio e suas implicações ambientais, econômicas e sociais nos meios rural e urbano.

José Mariano e Isabel Cristina falaram também da perda de solo em áreas ocupadas por lavouras e pastagens no Brasil, provocadas por processos erosivos da ordem de 822,7 milhões de toneladas anuais. As perdas de nutrientes associadas – em relação aos prejuízos – são da ordem de 1,5 bilhões de dólares, além de quase 3 bilhões de dólares em perdas na safra (reposição de nutrientes e queda de produtividade). Acrescente-se: os custos dos impactos indiretos representados pelo tratamento de água, recuperação da capacidade dos reservatórios, manutenção de estradas, recargas de aquíferos, irrigação, etc somam mais de 1,31 bilhões de dólares anuais.

Sobre a implantação de Conjuntos Habitacionais, José Mariano destaca: A maioria foi implantada em terrenos totalmente impróprios – do ponto de vista geomorfológico – já que essa urbanização periférica, ultrapassou as área da bacia sedimentar (onde os terrenos têm baixo potencial de erosão) para atingir os solos do complexo cristalino. De maior declividade e altamente vulneráveis à erosão.

Os palestrantes disseram ainda: “É imperioso que a Arquitetura e a Engenharia brasileiras abandonem o preguiçoso cacoete de adequar o terreno aos seus projetos de prancheta, ao invés de adequar seus projetos às características geológicas e topográficas do terreno. Ou seja: deixar de “fabricar” vias intensas e extensas terraplenagens, as áreas planas que seus burocráticos projetos exigem. Ganha a estética, ganha o ambiente“ (Santos,2002,p.1).

Um novo Livro

O lançamento do Livro foi um acontecimento memorável para seus autores e editores. E também para os estudantes e profissionais da área com atuação no Campus da Unesp em Presidente Prudente. Lançado num dia apropriado, obteve ampla aceitação por se tratar de um tema atualizado que diz respeito à conservação do solo. Título: “Trilhando os solos: Atividades lúdicas e Jogos no ensino do solo”, Editora: Cultura Acadêmica. Lançamento do Laboratório de Sedimentologia e Análise de solos da FCT/UNESP – Campus de Presidente Prudente – SP.

O Prof.Dr.João Osvaldo Rodrigues Nunes – um dos autores do livro – nos diz: Esta obra é o resultado de um trabalho coletivo, cuja preocupação maior é a integração entre atividade de ensino, pesquisa e extensão, no qual o uso de recursos didáticos é visto como facilitador no processo de aprendizagem. Nesse sentido, o Projeto “Trilhando pelos solos” – desde 2004 – realiza no Laboratório de Sedimentologia e Análise de Solos (LabSolos) da Faculdade de Ciências e Tecnologia/UNESP, em Presidente Prudente-SP, atividades que visam os fatores de origem do solo e sua conservação.

Esclarecendo melhor: Aqui, utilizamos vários materiais didáticos como: maquetes, macropedolitos; amostras de rocha; representação de depósitos tecnogênicos e kits de solo para complementar os conteúdos trabalhados em salas de aulas e preencher a lacuna deixada a respeito do tema,nos Livros Didáticos do Ensino Fundamental e Médio.

Prof.João Osvaldo acrescenta: O Livro “Trilhando os Solos: Atividades Lúdicas e Jogos no Ensino de Solos” complementa o difícil desafio de conciliar a atividade didática, relacionando o lúdico e o trabalho escolar. Os autores procuram mostrar como é possível no interior da escola, ensinar conteúdos relacionados ao ensino de solos, desenvolvendo atividades lúdicas (jogos, flanelógrafos, histórias em quadrinhos), associado a um Projeto didático e pedagógico que auxilie na formação dos Estudantes.

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O Prof.Dr. João Osvaldo Rodrigues Nunes – um dos autores do Livro: “Trilhando os solos: Atividades Lúdicas e Jogos no Ensino de Solos” – destaca a obra lançada pela Editora Acadêmica (Unesp).

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O Auditório I da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Presidente Prudente – esteve lotado durante o lançamento do Livro e apresentação de duas importantes palestras dedicadas à data.

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Todos os exemplares do Livro colocados à venda foram disputados pelos estudantes e demais interessados. Quem não teve a oportunidade de adquiri-lo é só recorrer à Editora Acadêmica. Preço: R$10,00.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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