dez 11

Há muito tempo se fala na existência de aves exóticas no Parque Ecológico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp em Presidente Prudente. O cantar dos pássaros tornou-se uma rotina em todas as horas do dia ou da noite. Recentemente foi detectada a presença de um gavião que engole “cobre viva”, urubus e casais de Bem-te-vi. Agora, o maior interesse é despertado para a presença constante de uma família de Urutau – que aliás – já mereceu reportagem especial da TV Fronteira/Rede Globo.

Urutau, Jurutago ou Urutago é um das espécies de aves ou pássaros raros. É classificada na categoria de aves da mitologia folclórica, tidas como “donas da noite”. Com voos corujantes não ouvidos por seres humanos é também conhecida por “Ave fantasma” ou “Mãe da lua” pelo seu canto triste e até melancólico. No Dicionário Aurélio não existe a menor referência sobre essa ave.

A Ong Ambiental Asedema, sediada na cidade de Álvares Machado (sob a coordenação do ambientalista Oronço Fleury Costa), desenvolve o monitoramento e preservação dessas e outras aves na região de Presidente Prudente. Há mais de 8 anos se estuda o modo de vida dessa ave, através de cadastramento de dez casais, em função da interação da comunidade urbana com esse projeto. A migração é atribuída principalmente ao elevado índice de desmatamento que vem ocorrendo nos últimos anos, conforme relatório de qualidade ambiental da Secretaria do Meio Ambiente.

Com a destruição de seu habitat natural – cujo desmatamento ocorreu com uma incidência de 99,2% no município de Álvares Machado – as aves (incluindo o Urutau), buscaram refúgio em remanescentes florestais mais próximos. E a escolha foi o Campus da Unesp em Presidente Prudente, que é dotado de uma arborização diversificada com árvores silvestres e frutíferas. Além disso, conta com excelente iluminação, que atrai insetos aos milhares, tornando-se fácil sua captura como fonte de alimentação para as aves noturnas.

Pelas informações do Fleury Costa à Repórter Vivian Padovan (Produtora do Programa Fronteira do Brasil/HD), a fêmea do Urutau põe apenas um ovo, que é chocado no ninho existente na ponta dos galhos de árvores secas pelo macho. Como defesa, a ave tem que enfrentar os predadores naturais de pequeno porte durante o dia, representados por cobras e gaviões. À noite, o maior perigo é representado pela perseguição feita pelas Corujas que vivem nas imediações.

No “mimetismo” a ave tem a capacidade de se camuflar como defesa natural, com sua cor acinzentada que mais se parece com tronco de madeira, ou o prolongamento de um galho seco. Além disso, conta com um “olho mágico”, equivalente a uma fenda sobre os olhos demonstrando estar fechados; porém, consegue enxergar e desenvolver um vôo rápido e inesperado, para se livrar do ataque desfechado pelos predadores.

Fleury, o dirigente da Ong Ambiental Asedema explica que a espécie animal conhecida por “Urutau” foi a escolhida para o monitoramento e preservação, devido ao fascínio que a mesma exerce sobre o homem. Diz ele que são inúmeros os casos, lendas, poesias, estórias e contos do folclore brasileiro envolvendo aves noturnas como o Urutau, o que justifica plenamente a necessidade de sua preservação no meio ambiente.

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O Parque Ecológico da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp em Pres.Prudente tem até gavião engolindo cobra.

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Tem também outras espécies de aves, onde se destaca uma família de Urutau (pai,mãe e filhote), mostrados pela TV.

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O Ambientalista Fleury Costa diz à Repórter Vivian Padovan que a postura da fêmea do Urutau é de apenas um ovo, chocado pelo macho.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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