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Em pleno verão e de forma constante em vários períodos do dia, todos os freqüentadores do Campus da Unesp em Presidente Prudente têm ouvido um canto diferente, de forma sincronizada e até agradável de se ouvir. É o Canto das Cigarras, numa “Sinfonia inacabada” que ecoa por toda parte do Parque Ecológico e se repete de hora em hora. O mesmo fenômeno é ouvido em outros locais da cidade, especialmente nas áreas mais arborizadas, incluindo condomínios e praças públicas.

Procuramos ouvir algumas opiniões – e a maioria demonstra aceitação – enquanto outros já mostram sinais de irritação com o que ouvem, pois não sabem de onde vem e até quando vai durar. Tentamos abordar algum Biólogo para falar sobre o assunto, mas não conseguimos, a não ser breves menções aos períodos de acasalamento, reprodução das cigarras e suas características de vida.

Pesquisando através do “Google” encontramos uma versão dada pela Internauta Célia da Paz: Para que serve e como se reproduz o canto das cigarras? E ela explica: “Dizem que as cigarras cantam até morrer, mas isso não é verdade. A cantoria é na realidade, exclusividade dos machos, com o objetivo descarado de atrair as fêmeas para o acasalamento. Tanto que o próprio ato da cantoria já faz com que o órgão sexual do bicho se projete para fora do corpo, prontinho para receber a parceira.

Antes desse clímax romântico, a cigarra passa a maior parte do ano quietinha no solo, alimentando-se da seiva das raízes das plantas. Só quando o clima esquenta e começam a cair as primeiras chuvas de verão, é que ela sai de seu esconderijo debaixo da terra, em busca de uma namorada.

Além de chamar as fêmeas para o ato de reprodução, o canto também serve para a identificação das espécies da cigarra. Há milhares delas e cada uma emite um som diferente, afirma a especialista Nilza M.Martinelli, da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Unesp, em Jaboticabal”.

Dando ênfase especial ao que ocorre na região de Presidente Prudente, observamos que o canto da Cigarra é um tanto prolongado; e depois de uma breve pausa, surge uma sonorização – através de vibrações – semelhante ao “reco-reco”. E aí, a Sinfonia retorna com mais fôlego por vários minutos, sempre de forma sincronizada.

Raphael Garcia – que é Analista de Informática do STI da Unesp – se revela um estudioso do assunto e faz a seguinte observação: “No solo, a cigarra se mostra em forma de casulo. Nesse estágio quando alcança a fase adulta, espera a chegada das chuvas para sair da terra molhada. Procura um lugar como ponto de apoio para romper a casca e sair do casulo, transformando-se numa Cigarra. Em poucos minutos, as asas crescem, e no mesmo dia voa e canta”.

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Esta é uma das espécies de Cigarras que vive – e canta seguidamente – no Campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP – na cidade de Presidente Prudente, chamando a atenção de todos.

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O Parque Ecológico da FCT/UNESP é um dos maiores da região. Conta com centenas de árvores das mais diferentes espécies; e neste verão foi transformado num agradável reduto botânico sob domínio das Cigarras.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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