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Flávio Camargo Cabrera , aluno de Doutorado da FCT/Unesp conquista uma das premiações mais importantes de sua carreira

Como é tradição, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES – realiza concurso a nível nacional, para outorga de Certificados aos estudantes de maior relevância. Em face disso, um dos contemplados com “Menção Honrosa” na área de materiais, foi o aluno de Doutorado Flávio Camargo Cabrera, pela tese: “Dispositivo microfluído de borracha natural (LAB-ON-CHIP)”, defendida publicamente em 2016. Seu Orientador – que divide os méritos dessa nova conquista científica e cultural – foi o Prof.Dr.Aldo Eloizo Job/DFQB, Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais da UNESP/BAU – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”/Bauru.

O resultado dessa nova conquista foi divulgado pelo Diário Oficial da União (de 10 de Outubro de 2016), Secção 1, páginas 18 a 21, Portaria nº 170, de 06/Outº/2016. A Menção Honrosa, constitui-se de Certificado – conforme especificado no Edital nº 17/2016 – publicado no DOU de 29/06/2016. O evento destinado à entrega dos prêmios, acontece em Brasilia/DF, no dia 14 de Dezembro de 2016 na sede da CAPES, às 18 hrs. Durante o evento, os outorgados com menção honrosa serão destacados. Contatos: premiocapes@capes.gov.br

Em regozijo por essa importante conquista junto à CAPES, o Diretor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – Prof.Dr.Marcelo Messias externou suas congratulações e cumprimentos ao aluno laureado, Flávio Camargo Cabrera, bem como ao seu Orientador, Prof.Dr. Aldo Eloizo Job. “Parabéns pela menção honrosa. É um orgulho para nós, termos trabalhos desse nível, sendo desenvolvidos aqui na FCT/Unesp” – disse.

Eufórico com a notícia de sua premiação, Flávio Camargo Cabrera disse:”A condecoração com menção honrosa foi uma boa surpresa. Não desenvolvemos um trabalho com o intuito de obter reconhecimento. Mas com o objetivo de ultrapassar os limites ou fronteiras da ciência, na área em que trabalhamos”. E acrescentou: “A premiação chega no momento em que o pesquisador se prepara para envio de pedido de financiamento de projeto Jovem Pesquisador junto à FAPESP. O qual – caso aprovado – se tornaria um grande passo para o início da carreira acadêmica, como pesquisador”. – finalizou.

Uma alternativa orgânica

Durante o curso de Doutorado sob orientação do Prof.Dr.Aldo Eloizo Job, o Professor Flávio Camargo Cabrera, desenvolve um novo conceito de dispositivo microfluídico flexível, utilizando a borracha natural como material alternativo de baixo custo, para a preparação de plataformas Labi-on-a-chip. Atualmente, a tecnologia microfluídica possibilita a miniaturização de testes como diagnósticos de patologias, que anteriormente poderiam ser desenvolvidos apenas em Laboratório, garantindo ainda – devido á flexibilidade – a portabilidade dos dispositivos e o acesso rápido aos resultados.

O Projeto foi desenvolvido sob financiamento da FAPESP (Proc.2011/23362-0) e em parceria com o grupo de Bioeletroquímica e Interfaces, coordenado pelo Prof.Dr.Frank Crespilho, do Instituto de Química da USP/São Carlos, junto ao qual desprendeu um ano de atividades. Os dispositivos flexíveis como eletrodos internos, bem como, na construção de microreatores para a síntese de nanopartículas de magnetita (Fe3O4) decoradas com nanopartículas de ouro (Fe3O4-AuNOPs). Partículas essas, muito utilizadas em imunosensores, agentes de contrastes e tratamento de fitoterapia.

(Três artigos foram publicados em decorrência dos resultados da tese. Dentre eles, destaca-se publicação na Revista Labon a Chip, fator de impacto de 5.586, classificada como uma das melhores revistas na área de microfluídica).

Perfil do homenageado

Flávio Camargo Cabrera, nasceu em Jundiaí/SP. Filho de Francisco Gonzales Cabrera e Ana Aparecida Camargo Cabrera, reside atualmente em Narandiba/SP – Região de Presidente Prudente. Iniciou sua formação acadêmica em Licenciatura em Física, aos 17 anos na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente. Durante a graduação foi bolsista FAPESP por dois anos de iniciação científica. Obteve títulos de Mestre e Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologia de Materiais (POSMAT), com bolsas da FAPESP – Mestrado e Doutorado – desenvolvidos na FCT/Unesp.

Tornou-se relevante destacar a experiência internacional de Flávio Camargo Cabrera, durante o Mestrado em estágio, realizado na Universidade de Windsor – Canadá – no Laboratório de Química e Bioquímica, coordenado pelo Prof.Dr.Ricardo Aroca, no ano de 2011. Além disso, durante o curso de Doutorado (defendido em 2015), nos seus 26 anos de idade. Destaque como pesquisador junto ao Grupo de Bioeletroquímica – coordenado pelo Prof.Dr.Frank Crespilho, do Instituto de Química da USP/São Carlos, com participação ativa no desenvolvimento da tese condecorada.

Atualmente, Cabrera desenvolve Projeto de Pesquisa de Pós-Doutorado, junto ao Laboratório de Tecnologia Borrachas e Aplicação (LTBA), na FCT/Unesp de Presidente Prudente/SP, como bolsista da CAPES, junto à POSMAT, sob supervisão do Prof.Dr.Aldo Eloizo Job. Possui 16 artigos publicados em Revistas Internacionais, 4 capítulos de livros e uma Patente. Suas especialidades: Preparação de compósitos de borracha natural, reaproveitamento de resíduos, síntese de materiais nanoestruturados como partículas de ouro (AU) e magnetita decorada (Fe3O4-AU) e dispositivos microfluídicos flexíveis, utilizados em aplicações ópticas e eletroquímicas.

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O Orientador, Prof.Dr.Aldo Eloizo Job e seu Orientando, o aluno de Doutorado da FCT/Unesp que acaba de conquistar “Menção honrosa”/2016 num concurso nacional da CAPES.

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Flávio Camargo Cabrera, nasceu em Jundiaí/SP e atualmente reside em Narandiba. Ele desenvolve Projeto de Pesquisa de Pós-Doutorado junto ao Laboratório de Tecnologia Borrachas e Aplicações (LTBA), na Unesp de Presidente Prudente, como bolsista da CAPES.

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Detalhes do Projeto que consagrou o bolsista da CAPES, com “Menção honrosa” que será entregue ao laureado, dia 14 de Dezembro/2016 em cerimônia oficial em Brasília/DF.

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Figura 1: (a) extração do látex de árvores do gênero Hevea brasiliensis clone RRIM 600; (b) Configuração final do dispositivo lab-on-a-chip; (c) Voltametria cíclica realizada no dispositivo utilizando fibras flexíveis de carbono. Procedimento utilizado para replicar a configuração do dispositivo na superfície das membranas de borracha natural. (d) Molde fixado em placas de acrílico. (e) Dispersão do látex sobre o molde, recobrindo a configuração de canais e a janela de análise. (f) Tratamento térmico para a secagem do látex, realizado a 65°C durante 10 horas. (g) Retirada da membrana de borracha natural contendo a réplica do molde do dispositivo.

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Figura 2: (a) extração do látex de árvores do gênero Hevea brasiliensis clone RRIM 600; (b) Configuração final do dispositivo lab-on-a-chip; (c) Voltametria cíclica realizada no dispositivo utilizando fibras flexíveis de carbono.

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Figura 3. (a) metodologia utilizada para a síntese microfluídica de nanopartículas de Fe3O4-AuNPs e para a avaliação da eficiência das sínteses de nanopartículas decoradas, ambas realizadas por meio de espectroscopia UV-Vis. (b) microscopia eletrônica de transmissão (MET) de nanopartículas de magnetita decoradas com ouro (Fe3O4-Au) sintetizadas no dispositivo.

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Figura 4. (a) metodologia utilizada para a síntese microfluídica de nanopartículas de Fe3O4-AuNPs e para a avaliação da eficiência das sínteses de nanopartículas decoradas, ambas realizadas por meio de espectroscopia UV-Vis. (b) microscopia eletrônica de transmissão (MET) de nanopartículas de magnetita decoradas com ouro (Fe3O4-Au) sintetizadas no dispositivo. (c) esquema da estrutura do dispositivo construído em três camadas de membranas de borracha natural. A primeira camada inclui canais com morfologia interna em espiral, auxiliando na mistura das amostras em fluxo. O fluxo no misturador é controlado por uma válvula passiva posicionada no final do canal. Após a mistura, o fluido atinge o reator snail, onde a reação é completa, fluindo através da segunda camada até o sistema de separação magnética interna. O imã é posicionado, possibilitando a aproximação do reservatório de formato donut a fim de atrair as partículas em suspensão. Dois canais são construídos em contato com o reservatório, de modo que a amostra preencha, em períodos diferentes, um e outro canal, atingindo as janelas de análise.

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Figura 5. (a) esquema da estrutura do dispositivo construído em três camadas de membranas de borracha natural. A primeira camada inclui canais com morfologia interna em espiral, auxiliando na mistura das amostras em fluxo. O fluxo no misturador é controlado por uma válvula passiva posicionada no final do canal. Após a mistura, o fluido atinge o reator snail, onde a reação é completa, fluindo através da segunda camada até o sistema de separação magnética interna. O imã é posicionado, possibilitando a aproximação do reservatório de formato donut a fim de atrair as partículas em suspensão. Dois canais são construídos em contato com o reservatório, de modo que a amostra preencha, em períodos diferentes, um e outro canal, atingindo as janelas de análise. (b) microscopia eletrônica de transmissão (MET) de nanopartículas de magnetita decoradas com ouro (Fe3O4-Au) sintetizadas no dispositivo.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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