mar 15

Com uma platéia constituída por 80 participantes foi desenvolvida nos dias 9 e 10/Março na FCT/Unesp (Anfiteatro I) o III Seminário de Climatologia Urbana, com a abertura coordenada pelos Profs.Drs.João Lima Sant’anna Neto e Margarete Cristiane C. de Trindade Amorim. A 1ª conferência na manhã de 9/Março foi proferida pelo Prof.Dr.M.Javier-Vide e versou sobre “O clima urbano de Barcelona”/Espanha. Logo após foi aberta pela Profª.Drª. Encarnita Salas Martin a 1ª mesa redonda com o tema:”Qualidade Ambiental Urbana”. A partir daí, foram sucessivas as conferências e mesas redondas (diversas) envolvendo docentes e convidados em número aproximado de 30 personalidades, além de estudantes universitários.

De acordo com a programação elaborada pelo Grupo de Pesquisa GAIA, o Seminário em sua 3ª Edição se propôs a debater e refletir sobre os desafios na construção de uma metodologia para estudos do clima urbano, em cidades de pequeno e médio porte, no contexto do Projeto ”Cidades Febris”/Universal/CNPq). Da mesa redonda I participaram: a Profª.Drª.Deise Fabiane Ely, da UEL/Londrina-PR; Prof.Dr.João Osvaldo Rodrigues Nunes, Prof.Dr.Mariano Caccia Gouveia e Ms.Mariana da Cunha Souza. A 2ª conferência realizada durante o evento foi ministrada pelo Prof.Dr.João Lima Sant’anna Neto, que abordou o tema: Clima e Produção do Espaço Urbano.

Na sequência, uma nova mesa redonda. Agora sob a coordenação da Profª.Drª. Isabel Cristina Moroz-Caccia Gouveia, da FCT/Unesp, juntamente com os Prof.Dr.Paulo Cezar Rocha e Ms. Núbia Beray Armond, Lindberg Nascimento Jr e Paulo Cezar Zangalli Jr. Abordagem dos temas: Geomorfologia histórica urbana e o problema das inundações; Variabilidade hidrológica regional; Os desafios da classificação climática na Geografia brasileira:um ensaio; Indicadores e componentes de vulnerabilidade socioambiental urbana; e finalmente: “Por que e para quem legislamos a respeito do clima” ?

O evento no segundo dia: Ilhas de calor

Questões teóricas relativas aos climas urbanos (Ilhas de calor), foi o assunto predominante da mesa redonda III no 2º e último dia de realização do III Seminário de Climatologia Urbana, com coordenação do Prof.Dr.Antonio Janske Machado. Participação da Ms. Danielle Frasca Teixeira – Ilhas de calor em cidade de pequeno porte do Oeste Paulista. Exemplo: Rancharia em episódio de verão. Também: Profª.Drª.Gislene Ortiz Porangaba, com Análise do clima urbano a partir de transectos móveis em Assis, Cândido Mota, Maracaí e Tarumã; Liane Pimentel da Silva – Clima urbano em Pirapozinho – Análise de temperatura em episódios de verão e Ms.Aristóteles Teobaldo Neto – com Clima Urbano e condição social – considerações baseadas no estudo das temperaturas superficiais e mapa da renda em Cuiabá/MT.

A mesa redonda IV ocorreu após o Café – às 10h20 – com Climas Urbanos e Produção do Espaço. Participação dos docentes: Dr.Charlei Aparecido dos Santos (Coordenador); Ms. Camila Rampazzo; Ms. Larissa Piffer Dorigon; Paulo Lopes (Conforto térmico em Pres.Prudente e Marília) e Washington Paulo Gomes. A última Mesa redonda (V) abordou: Métodos e técnicas em Climatologia. Participação de vários docentes, sob a coordenação do Prof.Dr.José Tadeu Tommaselli; Prof.Dr.Edilson Ferreira Flores; Profª.Drª.Mirian Rodrigues Silvestre; Ms. Karime Pechutti Fante e Ms.Renata dos Santos Cardoso. A conferência de encerramento foi proferida pela Profª.Drª.Margarete Cristiane de C.Trindade Amorim. Tema: Climas urbanos de cidades médias e pequenas – Métodos e técnicas.

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Coube ao Prof.Dr.M.Javier-Vite, da Universidade de Barcelona/Espanha, a 1ª.Conferência pronunciada no III Seminário de Climatologia Urbana da FCT/Unesp. Realização do Grupo de Pesquisas Interações na Superfície Terrestre,Água e Atmosfera/GAIA.

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Na coordenação do evento realizado nos dias 9 e 10/Março no Câmpus da FCT/Unesp, os docentes: Prof.Dr.João Lima Sant’anna Neto e Profª.Drª. Margarete Cristiane de C.Trindade Amorim. Apoio da CAPES e Financiamento do CNPq.

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O evento realizado no Anfiteatro I foi bem prestigiado. Não só por docentes integrados à Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Câmpus de Presidente Prudente, como também pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação.

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Além de pronunciar a 1ª conferência como convidado especial, o Prof.Dr.M.Javier-Vide participou diretamente de todos os trabalhos desenvolvidos durante o evento, inclusive na “Aula Magna” do dia 11/Março.

Uma ilha de calor em Pres.Prudente

Durante a realização do III Seminário de Climatologia Urbana na FCT/Unesp, o que mais chamou a atenção dos presentes foi o episódio que diz respeito à Ilha de calor predominante na área urbana de Presidente Prudente. O assunto motivou diversas intervenções, começando pelo conferencista M.Javier-Vide da Universidade de Barcelona, especialmente convidado para participar do evento. O docente visitante abordou com todos os detalhes, o problema que ultrapassa fronteiras e que é objeto de pesquisas, estudos e debates. Em Barcelona, na Espanha e outros grandes centros populacionais do mundo inteiro.

O Prof.Dr.João Lima Sant’anna Neto manifestou sua opinião ao dizer que “em 20 anos, a temperatura média na cidade de Presidente Prudente subiu cerca de 2ºC. Tudo em decorrência das alterações climáticas. Com isso, a média está em torno de 23ºC, o equivalente à média anterior que registrava 21ºC. As temperaturas mínimas ocorrem no período noturno, porque durante o dia existe um armazenamento do calor que compromete as mínimas da noite. Uma das soluções propostas diz respeito ao emprego de materiais adequados nas obras de construção e arborização urbana para amenizar as elevadas temperaturas.

Quanto à realização do III Seminário de Climatologia Urbana que acaba de ser realizado, o Prof.Dr.João Lima afirma que o evento superou todas as expectativas. Essa opinião é também compartilhada por outros palestrantes. Dentre os quais os Profs.Drs.Paulo Cézar Rocha e Camila Rampazzo, que entendem como fatores que influenciam a formação das ilhas de calor, o elevado número de construções na área urbana, o que passa a exigir medidas de planejamento e gestão administrativa mais avançada.

Na conferência de encerramento desse evento, a Profª.Drª. Margarete Cristiane Trindade Amorim esclareceu: “As ilhas de calor atmosféricas são bolsões de ar quente que se formam sobre as áreas urbanas. Em Presidente Prudente, as ilhas de calor têm apresentado fortes magnitudes e sob condições atmosféricas estáveis (sem vento e sem precipitação) que atingem intensidades de 7 a 10ºC. Elas resultam da forma diferenciada de uso e ocupação da superfície do ambiente intraurbano, em relação ao entorno rural.

A impermeabilização do solo, a densidade construtiva, os tipos de materiais construtivos, a morfologia urbana e a escassez de cobertura vegetal arbórea, contribuem para sua intensificação. As características sociais e econômicas da população, resultam em condições de padrões construtivos muito diversos. Assim, quanto mais densa a área edificada com materiais construtivos inadequados e menor quantidade de cobertura vegetal, mais intensas serão as ilhas de calor”.

A Professora Margarete concluiu: As ilhas de calor resultam da interação entre a atmosfera e a superfície construída. Considerando-se o processo de produção social do espaço.

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O Prof.Dr.M.Javier-Vide, da Universidade de Barcelona pronunciou a abertura das conferências do III Seminário de Climatologia Urbana da FCT/Unesp. Em destaque as Ilhas de calor que assolam inúmeros pontos da terra.

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O Prof.Dr.João Lima Sant’anna Neto vem desenvolvendo pesquisas que comprovam a existência de uma “Ilha de calor” sobre a cidade de Presidente Prudente, onde a temperatura já foi além da média, com 2ºC a mais.

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A Profª.Drª.Margarete Cristiane Trindade Amorim opinou que as condições atmosféricas – estáveis – atingem intensidade de 7 a 10ºC. Quanto mais densa a área edificada com materiais construtivos inadequados e menor cobertura vegetal, mais intensas serão as “Ilhas de calor”.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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