jun 15

Na passagem da Semana do Meio Ambiente na FCT/Unesp durante o período de 8 a 12 de Junho deste ano, o Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia/CEMAARQ registrou um sem número de visitantes (inclusive de escolas de toda a região). Os estudantes vieram acompanhados de alguns professores, especialmente para conhecer o grande potencial representado pelo acervo histórico e geográfico da Universidade. Todos eles retornaram satisfeitos.

A programação comemorativa foi coordenada pela Profª.Drª. Encarnita Salas Martin, com monitoria da auxiliar acadêmica, Nikele Maiara Milani. No 1º contato os visitantes foram acolhidos numa sala especial com projeção áudio-visual e um Teatro de Fantoches, onde o objetivo principal o de apresentar uma idéia da riqueza da cultura indígena atual, através de seu artesanato. Nessa oportunidade puderam conhecer artigos em cestaria, arte plumária, cerâmica, armas, enfeites e instrumentos musicais, dentre outros. A pré-história (incluindo uma área da Paleontologia) é representada por material arqueológico: pedra lascada, pedra polida e cerâmica, encontrados e recolhidos na região.

No mesmo local destinado ao desenvolvimento de atividades de interação Universidade/Comunidade, a Estação Meteorológica do Departamento de Geografia da FCT/Unesp agendou juntamente com o DFQB, alguns contatos com escolas públicas e particulares de Ensino Fundamental, Infantil e Médio. Um tema atualizado e da mais alta importância foi inscrito nesse evento comemorativo atribuído à Semana do Meio Ambiente, com a finalidade de prestar informações sobre os chamados “Rios voadores”. É bom acrescentar que foram designadas para esse trabalho, duas pesquisadoras: Daiane Barbosa Girotto (Licenciatura em Geografia) e Bruna Guldoni, do 4º ano de Geografia.

Qual a definição de “Rios voadores”?

A Enciclopédia Wikipédia define Rios voadores, como sendo cursos atmosféricos de águas invisíveis que transportam umidade e vapor de água da bacia amazônica para outras regiões do Brasil. Existem também outras versões que definem Rios voadores como “imensas massas de vapor d’água, que levadas por correntes de ar, viajam pelo céu e respondem por grande parte da chuva que rola em várias partes do mundo (Planeta sustentável). O principal rio voador do Brasil nasce no Oceano Atlântico, bomba de volume ao se incorporar à evaporação da floresta amazônica, bate nos Andes e escapa rumo ao sul do país”.

O Engº Agrônomo Enéas Salatti, da Universidade de São Paulo/USP acentua que “o vapor d’água que faz esse trajeto (da Amazônia para o sul do país) é importantíssimo para as chuvas de quase todo o Brasil”. Já O “Brasil Escola” – em seu site – afirma que os Rios voadores existem e estão mais próximos do que se imagina. Neste momento, existem muitos deles sobre nossas cabeças. São invisíveis e transportam imensa quantidade de água, equivalente às vazões dos maiores rios do mundo. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia/INPA, uma única árvore de 10 metros de altura emite uma média de 300 litros de água por dia. Mais do que o dobro do total de água consumida por uma pessoa durante o dia, para beber, cozinhar alimentos, tomar banho, etc.

De um modo geral, os Rios voadores direcionam-se para o Oeste, até chegar à Cordilheira dos Andes – segundo informações de “Brasil Escola” – e lá, eles se deparam com um verdadeiro paredão de mais de 4 mil metros, o que faz com que parte dessa umidade se precipite, transformando-se em chuvas ou neve. A floresta por sua vez funciona como uma bomba d’água, captando água dos solos e elevando-a para a atmosfera em forma de vapor por meio de um processo conhecido como “Evapotranspiração”. Parte do volume de água é transformada em chuvas que acabam caindo na própria floresta; e a outra é transportada pela atmosfera. Sem a Floresta Amazônica, não haverá Rios voadores.

Um fenômeno muito recente

Na demonstração através de uma maquete desenvolvida no CEMAARQ da FCT/Unesp durante a Semana do Meio Ambiente, Daiane Barbosa Girotto explicou aos escolares visitantes, que “Rios voadores são considerados um fenômeno novo que começou a ser estudado no ano de 2007 por Gerard Moss”. Trata-se de um Engenheiro Mecânico nascido na Inglaterra que veio para o Brasil a fim de pesquisar o problema das águas através da “Evapotranspiração” na Amazônia. Ele coletou amostras do vapor da água nas zonas de convergência, tanto da Amazônia como do Oceano Atlântico, mediante emprego de um avião especial.

Nas pesquisas de Daiane B.Girotto e Bruna Guldoni (do Departamento de Geografia da FCT/Unesp) se concluiu que a Floresta Amazônica transpira 20 bilhões de toneladas de água, o que corresponde a uma quantidade equivalente a 20 trilhões de litros à cada dia. Esse fenômeno ocorre 35 dias por ano, segundo o Engenheiro Mecânico Gerard Moss (inglês radicado no Brasil).

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A Semana do meio ambiente realizada no Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia/CEMAARQ da FCT/Unesp – entre 8 a 12/Junho – deu enfoque especial a importantes temas.

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Para as palestras com abordagem sobre os “Rios voadores” foram destacadas duas pesquisadoras do Departamento de Geografia da Unesp: Daiane Barbosa Girotto e Bruna Guldoni.

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Bruna detalhou importantes aspectos sobre os “Rios voadores”, enquanto Daiane explicou de forma detalhada através de uma maquete, como se dá a formação desse fenômeno atmosférico.

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Alunos de cursos fundamentais receberam as informações sobre “Rios voadores” como um fator totalmente desconhecido, embora estejam muitas vezes sobre nossas próprias cabeças.

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A palestra apresentada por duas pesquisadores em licenciatura/Geografia, foi uma agradável surpresa para os alunos que participaram da Semana do meio ambiente na FCT/Unesp.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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