jun 12

A realização da Semana do Meio Ambiente pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – este ano, serviu para lembrar o desaparecimento de uma das mais belas espécies nativas, provocado por um temporal nos primeiros meses do ano. Trata-se uma “Tamanqueira”, de grande porte, coberta de flores amarelas durante vários meses do ano, tida como uma das espécies mais belas de todo o Parque da FCT/Unesp.

O Jardineiro aposentado, Sr. Antonio dos Santos diz que essa árvore surgiu misteriosamente em meio à vegetação há mais de 30 anos. Quem revelou a origem da planta foi o ex-Diretor (de saudosa memora), Prof. Dr.Alvanir de Figueiredo. Enquanto a maioria dos servidores, funcionários e visitantes lamentam o desaparecimento da “Tamanqueira” de forma trágica, surgem para a alegria de seus admiradores duas novas mudas que se desenvolvem de forma impressionante, nas imediações do local ocupado pela árvore primitiva.

Tudo leva a crer, que dentre de alguns meses ou anos, recomeçarão as maravilhosas floradas dessa espécie nativa que chegou ao Câmpus da Unesp há muitos anos. Além disso, essa planta que alcançou um grande e belo porte, coberto de flores amarelas, tombou em plena fase adulta. Mas por providência divina, deixou muitas sementes pelo chão – e também muitas mudas – que daqui para a frente poderão ser aproveitadas da melhor forma, inclusive no reflorestamento.

Dentre os que estão se propondo a cooperar na formação de novas espécies ornamentais no setor de Parques e Jardins da FCT/Unesp, encontram-se a recém-formada em Engenharia Ambiental, atuando pelo Departamento de Geografia, Marcela de Lima Pedro e diversos alunos. Também, servidores, docentes e muitos amigos. Além do próprio Jardineiro pioneiro (Sr.Antonio dos Santos), que dará nome a uma nova praça mediante descerramento de uma placa em sua homenagem. No lugar da tradicional “Tamanqueira”, virão outras árvores da mesma espécie, para manter o local sempre florido e preservado.
Nomes exóticos

Quando se fala em “Tamanqueira”, vem logo a pergunta: é uma espécie nativa de onde extrai a madeira especialmente indicada para produzir tamancos? Os entendidos – como é o caso da Wikipédia – dão esta resposta como explicação: é uma espécie ameaçada de extinção no Brasil. É conhecida por vários nomes, começando por Guapuruvu, Caixeta, Pau de Tamanco; Tabebuia; Tamancão e Pau de Viola. É planta nativa da Amazônia e da Mata Atlântica, muito endêmica no Brasil, que se distribui do México até a Argentina, incluindo as Ilhas do Caribe.

De folhas simples e coriáceas, alvas, aromáticas, fruto coriáceo, castanho, estriado com várias sementes. Fornece madeira branca, levemente rosada, própria para marcenaria fina. Árvore de grande porte – com altura de 15 a 25 metros – casca fissurada levemente, com 1 metro de espessura aproximadamente, cor amarelada e diâmetro de até 90 centímetros. A florada ocorre entre Setembro a Março de todos os anos, frutificando-se entre Novembro a Julho.

A madeira da “Tamanqueira” é medianamente pesada e a árvore muito ornamental, com boa sombra empregada principalmente no paisagismo da arborização urbana. Mas também é muito útil e prática para a formação como reflorestamento de áreas de preservação ambiental.

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– Esta maravilhosa e gigantesca árvore, conhecida como “Tamanqueira” foi uma das primeiras espécies nativas do Câmpus da Unesp em Pres.Prudente. Mas não resistiu à força de um temporal e veio abaixo. A planta surgiu misteriosamente há quase 30 anos.

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No lugar ocupado pela velha “Tamanqueira”, surgiu uma sucessora de uma hora para outra. E agora, na ausência da árvore-mãe, está ocupando seu mesmo espaço a poucos metros de distância, no setor de Parques e Jardins da FCT/Unesp.

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Por incrível que pareça, a árvore-mãe deixou vagens e sementes espalhadas pelo chão; e agora as sementes começaram a germinar, surgindo novas espécies que vão proporcionar em dias futuros, as mais belas floradas.

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– O dedicado e eficiente Jardineiro, Sr.Antonio dos Santos, mesmo depois de aposentado (com aproximadamente 39 anos de bons serviços) é o maior incentivador dessa iniciativa, com o apoio de seus sucessores e alunos da Unesp.

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Esta arvorezinha que aparece nos fundos das fotos, nada mais é do que uma segunda muda de “Tamanqueira”, que se desenvolveu nas imediações ocupada pela “pioneira” e promete sua primeira florada brevemente.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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