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A Síndrome da Dor Femoropatelar, clinicamente é uma doença caracterizada que atinge homens e mulheres, adolescentes, jovens e a população ativa. Sua manifestação de um modo geral se verifica pela presença constante de dor nos joelhos. Deisi Ferrari, com Mestrado no Programa de pós-graduação em Fisioterapia pela Faculdade de Ciências e Tecnologia e Doutoranda pela Universidade Federal de São Carlos/UFSCar, faz parte do Grupo de Pesquisas do Dr. Fábio Mícolis de Azevedo com atuação no Laboratório de Biomecânica e Controle Motor da Unesp em Presidente Prudente. Os dados que estamos reproduzindo nesta matéria, são os mais atualizados possíveis.

É a nossa entrevistada quem esclarece: “O joelho na prática esportiva é considerado uma das articulações mais lesionadas tanto na prática esportiva, assim como nas atividades de vida diária. Dentre a grande variedade de patologias que acometem essa articulação, destaca-se a síndrome da dor femoropatelar (SDFP), pois acomete aproximadamente 25% da população brasileira” – ressalta Deisi Ferrari.

A SDFP é definida como uma dor na região anterior do joelho na ausência de outra condição patológica que exacerba-se durante a realização de atividades esportivas, agachamentos, subida e descida de escada e permanecer sentado por tempo prolongado. Frequentemente a SDFP é diagnosticada em pessoas entre 16 e 25 anos de idade e a incidência é de 2.23 vezes mais em mulheres do que em homens.

Na prática clínica, a SDFP compreende de 25% a 40% de todos os problemas de joelho tratados nas clínicas ortopédicas e afeta 1 em cada 4 indivíduos fisicamente ativos. Cabe destacar que o prognóstico desta patologia não é favorável, uma vez que 91% dos pacientes queixam-se de dor até quatro anos após o primeiro episódio de dor. Além disso, evidencia-se uma associação dos portadores da SDFP com o desenvolvimento de osteoartrite e outras enfermidades, tais como tendinite peripatelar e bursites.

Apesar da alta prevalência e incidência, as causas e o diagnóstico da SDFP não estão claramente definidos. Acredita-se que os fatores causais sejam multifatoriais, destacando-se alterações proximais (quadril), ditais (tornozelo e pé) e locais (joelho) da articulação do joelho as quais podem estar associadas à dor. Dessa forma, o tratamento para estes pacientes é multimodal e cabe ao Fisioterapeuta identificar qual é a abordagem mais adequada.

Considerando que a SDFP gera comprometimentos funcionais e pode evoluir para outras patologias como osteoartrite, um diagnóstico clínico precoce é de suma importância para impedir a evolução desta patologia. Entretanto, estudos relacionados ao desenvolvimento de ferramentas clínicas para caracterização e/ou diagnóstico da SDFP constitui uma temática ainda muito pouco explorada na literatura.

Faz 25 anos que o termo síndrome da dor femoropatelar é utilizado, porém são pouquíssimos os estudos que examinaram de forma explícita a capacidade dos testes clínicos utilizados para diagnosticar a SDFP. Neste contexto, aqui na FCT/UNESP, o grupo de pesquisa coordenado pelo Professor Dr Fábio Mícolis de Azevedo, tem uma linha de pesquisa que se ocupa com temas relacionados ao diagnóstico de indivíduos portadores da síndrome da dor femoropatelar (SDFP) e ao estudo dos fatores que levam ao desenvolvimento desta patologia.

A necessidade de abordar estas duas frentes, justifica-se pela falta de um diagnóstico preciso para esta patologia e a indefinição dos fatores causais, diante de uma alta incidência, limitações funcionais e possível progressão para uma osteoartrite de joelho. Os resultados encontrados pelo grupo são promissores, uma vez que as ferramentas testadas apresentam-se precisas para diagnosticar a SDFP. No entanto, as descobertas estão, ainda, no campo da pesquisa e sua aplicabilidade está prevista para um futuro muito próximo.

Cabe destacar, que as pesquisas são realizadas aqui mesmo em Presidente Prudente – no Laboratório de Biomecânica e Controle Motor da FCT/UNESP – e contam com a colaboração de voluntários. Dos quais, Deisi Ferrari ressalta: Danilo Oliveira Silva, Marcela Ferraz, Ronaldo Briane, Naele Piveta, Fábio Azevedo e outros. Para a mulher interessada neste assunto de especial importância (com idade entre 18 e 30 anos) e tem ou não dor no joelho, um lembrete: Entre em contato com nosso Laboratório e faça parte dessa descoberta científica !

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Deisi Ferrari que defendeu sua dissertação de Mestrado/Fisioterapia e Doutoranda pela UFSCar faz parte de uma Equipe de Pesquisa na FCT/Unesp com especialidade em doenças do joelho.

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Com as radiografias em mãos, a Pesquisadora faz uma avaliação sobre casos dessa natureza e os resultados alcançados pelo Grupo são bastante promissores, segundo suas próprias palavras.

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A presença de Deisi Ferrari na avaliação dos casos em estudo, diagnosticadas pelo Laboratório de Biomecânica e Controle Motor da FCT/Unesp, junto ao Anfiteatro III do Deptº de Educação Física..

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Fazendo parte do Grupo de Pesquisa do Dr.Fábio Mícolis de Azevedo (da Unesp): Deisi Ferrari, Danilo Oliveira Silva, Marcela Ferraz, Ronaldo Briane, Naele Piveta e Fabio Azevedo, entre outros.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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