Três alunos de graduação do curso de Engenharia Cartográfica da FCT/UNESP tiveram a oportunidade de conviver durante um ano em companhia de colegas universitários de outro país: a ESGT – École SuperieredesGéomètre et Topographes – Cnam/Paris, na França. Lá, eles participaram de um Projeto de Intercâmbio com a Unesp, estudando durante o período de Julho de 2012 a Julho de 2013 – em Le Mans. Ao retornar a Presidente Prudente no início do segundo semestre deste ano (onde residem e estudam desde 2009), Thiago de Sá (22 anos), Lucas Henrique (22 anos) e Daniel Arana (23 anos), já foram reintegrados ao programa de graduação do Departamento de Engenharia Cartográfica da FCT/UNESP.
Os três estudantes estão matriculados no 5º ano de graduação. Lucas não colará grau este ano; enquanto Daniel e Thiago fazem parte dos formandos da XXXIII Turma. Thiago pretende ingressar no mercado de trabalho, enquanto Daniel continuará na Pós-Graduação. Anteriormente, outros três alunos do curso de Engenharia Cartográfica estiveram na mesma Instituição na Cnam/ESGT-Paris e atualmente – dois deles – após retorno da França estão inscritos no Mestrado da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP, a fim de cumprir outra etapa de seus estudos a nível superior. São eles: Paulo Sérgio de Oliveira Jr e Mariana Batista Campos (Engenheiros Cartógrafos). Por sua vez, Carla Jaqueline Casarotti (Engenheira Cartógrafa), está fazendo Mestrado na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba.
Os seis estudantes intercambiários que cursaran ou ainda estão cursando Engenharia Cartográfica na FCT/UNESP, receberam total apoio da CAPES/Brafitec, através do Projeto Brasil-França de Intercâmbio Internacional. Para saber que avaliação pode ser feita das atividades escolares em outro país; no caso, Le Mans/França, fizemos um questionário com algumas perguntas alusivas ao curso de Engenharia Cartográfica, a adaptação a um novo sistema e o aprendizado de um modo geral. Respondendo a 1ª questão, disseram inicialmente que freqüentaram regularmente o curso no ano escolar na Universidade francesa, a ESGT. E além das aulas em língua francesa, tiveram a oportunidade de se aprofundar no conhecimento de outras línguas, como o Italiano – além do Inglês – oferecido na própria Universidade como disciplina obrigatória.
E acrescentaram: “O período de aulas (como já era esperado), passou por uma fase de adaptação à língua, aos costumes, à didática francesa e à vida universitária em geral, num outro país. Mas que, passados os meses iniciais foi superado. O sistema de ensino difere um pouco quanto ao desempenho dos alunos, visto que possuíamos pouquíssimas horas/aula e grande carga horaria em laboratórios desenvolvendo atividades individuais”, foram as primeiras opiniões manifestadas ao Blog da FCT sobre o assunto.
Em termos de comparação com os nossos professores, o que voces têm a dizer?
E a resposta foi esta: “Assim, como o regime integral do professores da Unesp, os professores da ESGT desenvolvem pesquisas juntamente com a docência e podem ser consultados quando necessário, embora isso não seja muito praticado no dia-a-dia, visto a certa “distância” hierárquica entre docentes e discentes”.
E sobre a matéria ministrada no Brasil, mais propriamente no curso pioneiro e único no Estado de São Paulo, ministrado desde o 2º semestre de 1977 (com 31 egressos em 1982) pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Campus de Presidente Prudente ?
“A Universidade de destino possuía grande equivalência com relação ao conteúdo ministrado na graduação. Mas possuía uma grande carga horaria de trabalhos de campo e equipamentos de última geração para o desenvolvimento destes. O grande aprendizado que tivemos foi, de fato, a inter-relação com profissionais da mesma área, mas de outras culturas e experiências. De volta à Universidade, notamos que o que trazemos de aprendizado e experiência pode ser trocado com os demais alunos; e também utilizado na tomada de decisão, nos trabalhos desenvolvidos ainda na graduação e, em breve, no mercado de trabalho ou na pós-graduação”.
Com o pensamento voltado para o futuro, o que voces mais almejam?
Quem responde é o aluno de Engenharia Cartográfica da FCT/UNESP, Thiago de Sá:
“Falando nisto, um de nós pretende seguir na pós-graduação; podendo ainda aumentar os laços com outra instituição exterior. Os outros dois (Lucas Henrique e Gabriel Arana) pretendem partir para o mercado de trabalho e aplicar os múltiplos conhecimentos adquiridos nas duas Universidades”.
E para finalizar nossa entrevista: O grau de credibilidade conquistado nos últimos 36 anos pela Engenharia Cartográfica da Unesp, como vocês classificam?
“É extremamente necessário dizer que nossa instituição Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”), está totalmente equiparada com o nível de docência e pesquisa oferecidas em benefício dos estudantes que buscam melhores conhecimentos técnicos e científicos. Assim como os profissionais, que são tantos ou mais qualificados que os de lá. E como todos sabem, possuímos um Curso 5 Estrelas – o mais alto conceito em Universidades – nos proporcionando um ensino de qualidade e excelência na formação em questão” – concluiu o graduando Thiago de Sá.
No exterior – especialmente na Europa – a primeira coisa que assusta os brasileiros são as baixas temperaturas durante o inverno. Mas isso não desanimou os graduandos de Engenharia Cartográfica: Paulo Sérgio, Mariana Campos e Carla Casarotti (foto). De volta, eles agora fazem o Mestrado.
No Câmpus da FCT/UNESP, o curso de Engenharia Cartográfica – único no Estado de São Paulo (desde 1977) e um dos mais conceituados no mundo – já tem 30 turmas de formandos. Thiago de Sá, Lucas Henrique e Daniel Arana regressaram de Le Mans/França, depois de cursarem a ESGT.
Depois de cumprirem um ano de curso através do Programa CAPES/Brafitec – Brasil França de Intercâmbio Internacional – eles se reintegraram à equipe de Graduação em Engenharia Cartográfica da FCT/UNESP, preparando-se para fazer parte da 31ª turma de colação de grau.
Além dos colegas de cursos que os acolheram de braços abertos, Thiago de Sá, Lucas Henrique e Daniel Arana, tiveram a oportunidade de conviver novamente com os queridos Mestres e Doutores do curso de Engenharia Cartográfica, a começar pela Profª.Drª.Maria de Lourdes Galo.