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No dia 11 de Março de 2013 na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Campus de Presidente Prudente – foram desenvolvidas duas defesas de teses de Doutorado/Programa de Geografia, num mesmo local; porém, em horários diferentes: às 08h00 e às 15h00 no Anfiteatro II. Candidatos: Vitor Koiti Miyazaki e Maria Angélica de Oliveira Magrini.

Miyazaki teve Orientador o Prof.Dr.Arthur Magon Whitacker, enquanto Maria Angélica foi orientada pela Profª.Drª.Eda Maria Goes, ambos integrantes do Departamento de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp/Presidente Prudente.

Os temas escolhidos para as defesas públicas de tese foram: “Estruturação da cidade e morfologia urbana: um estudo sobre cidades de porte médio da rede urbana paulista” e “Vidas em enclaves, imaginário das cidades inseguras e fragmentação socioespacial em contextos não metropolitanos”.

Como integrantes da Comissão Examinadora – além do Orientador Whitacker – atuaram: o Prof.Dr.Everaldo Santos Melazzo, do Deptº de Planejamento, Urbanismo e Ambiente e Profª.Drª.Maria Encarnação Beltrão Sposito, do Deptº de Geografia da FCT/UNESP; Profª.Drª.Rosa Moura, do Deptº de Geografia da FCT/UNESP e Prod.Dr.Jan Bitoun, do Deptº de Ciências Geográficas da Universidade Federal de Pernambuco.

Estudo das formas urbanas

Vitor Koiti Miyazaki em sua tese de Doutorado/Geografia diz dentre outras coisas: “O estudo das formas urbanas tem se apresentado como importante ponto de partida para se compreender diferentes processos e fenômenos que estão atrelados às transformações em curso no espaço urbano. Diferentes áreas do conhecimento cientifico tratam do estudo das formas com abordagem que tanto possuem especificidades quanto complementaridades.

Na Geografia há estudos a partir de analises pautadas na representação dos elementos constituintes da morfologia, como o plano e a sua evolução: as relações do plano com o sitio urbano; a fisionomia urbana; a densidade da ocupação, a identificação de áreas morfologicamente homogêneas; a heterogeneidade das formas pautadas na representação dos elementos constituintes

Há também estudos que tomam a analise das formas urbanas como uma investigação que remete ao estudo da paisagem, com foco nos conteúdos culturais, sociais e políticos que irão se manifestar em formas espaciais, tanto quanto nas representações a partir delas construídas… Realizamos um estudo das formas urbanas complementado com elementos característicos de uma análise de estruturação de um conjunto de cidades de porte médio, sendo elas: Assis,Birigui, Caraguatatuba, Itapetininga e Itu, localizadas no Estado de São Paulo.

Desenvolvemos um conjunto de procedimentos metodológicos que contemplou o levantamento de dados primários e secundários, que permitiram não só uma análise das formas, mas também dos processos e conteúdos que constituem a morfologia. Os resultados obtidos mostram que as lógicas e interesses inerentes ao processo de produção do espaço têm levado à constituição de formas urbanas associadas a uma estrutura cada vez mais complexa no que se refere aos conteúdos, usos e configuração territorial, mesmo considerando-se cidades de porte médio de diferentes contextos regionais”.

O Doutorando Miyazaki finaliza sua defesa de tese afirmando: A análise mostrou a importância de se abordar os diferentes contextos históricos e espaciais no âmbito da morfologia urbana, reforçando-a como um importante caminho para se compreender as transformações que ocorreram e que ainda se encontram em curso no espaço urbano, uma vez que evidencia em associação ao estudo da estrutura urbana, os processos que atuam e na dinâmica espacial e temporal.

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A primeira Banca Examinadora foi instalada às 08h00 do dia 11/Março no Anfiteatro II da FCT/UNESP para avaliar o trabalho defendido por Vitor Koiti Miyazaki em sua defesa de tese de Doutorado/Programa de Pós-graduação em Geografia.

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O tema aqui desenvolvido se relaciona com “Estruturação da cidade e morfologia urbana: um estudo sobre cidades de porte médio da Rede Urbana Paulista, tendo Orientador, o Prof.Dr. Arthur Magon Whitacker, do Deptº de Geografia da FCT/UNESP.

Produção do espaço urbano – Imaginário

A tese defendida publicamente por Maria Angélica de Oliveira Magrini contou com o acompanhamento de uma Comissão Examinadora constituída pelos seguintes membros: A Orientadora já citada, Profª Drª.Eda Maria Goes; Prof.Dr.Oscar Alfredo Sobarzo Miño, do Deptº de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Prof.Dr.Jones Dari Goettert, do Deptº de Ciências Humanas, da Universidade Federal da Grande Dourados/MS; Pofª.Drª.Maria Encarnação Beltrão Sposito, do Deptº de Geografia da FCT/UNESP e Prof.Dr.Everaldo Santos Melazzo, do Deptº de Planejamento, Urbanismo e Ambiente, da FCT/UNESP.

A tese defendida por Maria Angélica, destaca como tópico inicial: “A produção das cidades médias contemporâneas vem progressivamente sendo influenciada pela disseminação de discursos e imagens relacionados à violência e à insegurança urbana. As práticas cotidianas dos citadinos assim como suas representações acerca dos diferentes segmentos sociais e seus respectivos espaços são fortemente perpassadas por preocupações com a busca por segurança.

Queremos evidenciar com essa tese que tal associação direta entre cidades e insegurança é resultado de uma produção baseada na intenção de diferentes agentes, portadores de intencionalidades e subjetivos para a instituição do imaginário das cidades inseguras – expressão que utilizamos para designar o conjunto de representações sociais – que levam ao reconhecimento das cidades como espaços em que as relações cotidianas são mediadas pela insegurança de seus moradores.

Buscamos demonstrar assim, a instrumentalidade deste imaginário, que sustenta um mercado crescente de equipamentos, serviços e espaços que prometem segurança; além das inúmeras possibilidades de manipulação política deste conteúdo. Na produção do imaginário das cidades inseguras são reafirmados antigos estigmas que associam a pobreza com a criminalidade, reforçando a evitação do convívio com os citadinos e os bairros pobres”.

Araçatuba e Birigui

A Doutoranda Maria Angélica de Oliveira Magrini, conclui sua defesa de tese/Programa de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Campus de Presidente Prudente, afirmando: “Uma especificidade da pesquisa que baseia esta tese é a análise desses processos em duas cidades não metropolitanas: Araçatuba e Birigui/SP. Essas cidades figuravam até pouco tempo como espaços tranqüilos e seguros, em contraposição às metrópoles tidas como violentas e perigosas.

Além dos indicadores de criminalidade, programas de televisão e matérias de jornais, nossas reflexões se basearam nas representações, opiniões e descrição das práticas cotidianas de citadinos, moradores de diferentes bairros dessas cidades. Eles foram entrevistados ao longo da pesquisa, cuja comparação e contraposição permitiram a compreensão das multiplicidades inerentes à produção/apropriação/apreensão das cidades” – finalizou.

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Maria Angélica de Oliveira Magrini apresentou-se no Anfiteatro II da FCT/UNESP especialmente para defender sua tese de Doutorado/Programa de Pós-graduaçao em Geografia, no horário das 15h00 do dia 11 de Março de 2013.

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Na mesa principal, a Orientadora, Profª.Drª.Eda Maria Goes, do Deptª de Geografia da FCT/UNESP e demais membros: Profs.DrsOscar Alfredo Sobarzo Miño, da Univ.Federal do RS; Jones Dari Goettert,da Univ.Federal da Grande Dourados/MS; Maria Encarnação B.Sposito e Everaldo Santos Melazzo, da FCT/UNESP.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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