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No decorrer dos últimos dias, mais propriamente de 13 a 19 de Abril o Programa de Pós-Graduação em Geografia registrou três defesas públicas de teses de Doutorado no Campus Universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp em Presidente Prudente. Todos os trabalhos fizeram parte do convênio DINTER estabelecido entre a UNESP e a UEMA (Universidade Estadual do Maranhão) e foram desenvolvidos nos Anfiteatros II e III. As Bancas Examinadoras foram constituídas por docentes da FCT/UNESP e outras Universidades públicas, estaduais ou federais.

Na abertura da sessão de 13 de Abril, Regina Célia de Castro Pereira, do Programa de Pós-Graduação em Geografia se apresentou no Anfiteatro III, sob orientação do Prof.Dr.Messias Modesto dos Passos (docente aposentado do Deptº.de Geografia da FCT/UNESP). O trabalho que ela desenvolveu versou sobre:”As transformações históricas e a dinâmica atual da paisagem na alta bacia do Pericumã/MA”. Também fizeram parte da Banca, os seguintes membros: Profª.Drª.Margarete Cristiane Costa Trindade Amorim (Deptº.de Geografia da FCT/UNESP); Profª.Drª.Rosângela Aparecida Medeiros Hespanhol (Deptº.de Geografia da FCT/UNESP); Profª.Drª.Iris Maria Ribeiro Porto (Deptº.de História e Geografia da UEMA) e Profª.Drª. Mirian Vizitim Fernandes Barros (Deptº.de Geociências da UEL).

A 2ª defesa pública de Tese de Doutorado em Geografia verificou-se no dia 17 de Abril, sendo desenvolvida pela aluna Marivânia Leonor Souza Furtado, do Programa de Pós-Graduação em Geografia, que teve como Orientadora a Profª.Drª. Maria Aparecida de Moraes Silva (docente da Universidade Federal de São Carlos/SP). Trabalho sob o título: “Aquilombamento no Maranhão: um Rio Grande de (im)possibilidades”. Membros da banca examinadora: Prof.Dr.Raul Borges Guimarães (docente do Deptº.de Geografia da FCT/UNESP); Prof.Dr.Bernardo Mançano Fernandes (docente do Deptº. de Geografia da FCT/UNESP); Prof.Dr.Carlos Benedito Rodrigues da Silva (docente do Deptº.de Geografia da FCT/UNESP) e Prof.Dr.Joé Samaio de Mattos Junior (docente do Deptº.de História e Geografia da UEMA).

E na 3ª e última defesa pública de Tese de Doutorado, apresentação de tese pública pela aluna Quésia Duarte da Silva do Programa de Pós-Graduação em Geografia, sob o título: Mapeamento Geomorfológico da Ilha do Maranhão”, sob orientação do Prof.Dr.João Osvaldo Rodrigues Neto (docente do Deptº. de Geografia da FCT/UNESP). Na Banca Examinadora, atuação do Prof.Dr.Jurandyr Luciano Sanches Ross (docente do Deptº.de Geografia da Universidade de São Paulo/USP); Profª.Drª. Nina Simone Vilaverde Moura (docente do Deptº. de Geografia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul); Profª.Drª.Edilea Dutra Pereira (docente do Deptº.de Geociências da Universidade Federal do Maranhão) e Prof.Dr.Paulo César Rocha (docente do Deptº.de Geografia da FCT/UNESP).

Trabalhos apresentados

De forma resumida, Regina Célia de Castro Pereira refere-se à alta bacia do Pericumã do Maranhão, como um reduto histórico, lembrando que “a estrutura fundiária impõe condições sub-humanas de vida e trabalho à maioria os camponeses, tornando urgente a demanda pela regularização das terras e melhorias à condição trabalhista do lavrador”. Na análise sobre a paisagem conclui que a vegetação foi elemento da natureza mais frequente na memória coletiva; que os solos para usos antrópicos são mais extensos nos municípios de Viana, São Bento e São Vicente Ferrer; que a antropização é produtora de geofácie. E finalizando: “Os problemas ambientais como: desmatamento, queimadas e assoreamento constituem aspectos negativos do lugar no presente e no futuro”. O modelo GTP possibilitou indicar as transformações na paisagem, evidenciando as questões mais urgentes.

Quanto ao mapeamento geomorfológico da Ilha do Maranhão, diz Quésia Duarte da Silva: Apresenta como resultado – a partir da proposta metodológica dos dados levantados e gerados – a constatação de que todas as paisagens geomorfológicas da área de estudo estão no interior da 1ª. e 2ª. unidades taxonômicas do relevo. É a bacia costeira de São Luis e o Golfão Maranhense. E conclui-se que esse Golfão apresenta dois subcompartimentos morfoesculturais, incluindo os relevos denudacionais e os agradacionais relacionados ao 3º e 4º níveis taxonômicos. Como etapa derradeira: as paisagens geomorfológicas da área de estudo são complexas; estão sujeitas às mais diversas alterações de curto, médio e longo prazo e resultam da alteração dos processos naturais e antropogênicos.

Em sua tese, Marivânia Leonor Souza Furtado relata: As comunidades quilombolas entram em cena como sujeito de direitos específicos, ou seja: lhes são garantidas formalmente suas diferenças a partir da Constituição de 1988. Esse marco jurídico traz à tona outras demandas de análises para as disciplinas que estudam a questão “Campo-cidade” no Brasil; e de modo particular no Maranhão. E diz mais adiante: “Com aporte nos conceitos de aquilombamento e território (apoiada na Metodologia da História Oral e da Etnogeografia), toma como referência a história da territorialidade da comunidade quilombola do Rio Grande, situada no município de Bequimão, incluída na região administrativa do Litoral Ocidental Maranhense. As condições sociogeográficas, econômicas e políticas dessa comunidade permitem pensar o processo de construção do aquilombamento no Maranhão, inserido no contexto da disputa territorial do Brasil.

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Perante a Banca Examinadora, Regina Célia de Castro Pereira faz sua defesa de Tese de Doutorado em Geografia na Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP em Presidente Prudente/SP.

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Marivânia Leonor Souza Furtado, do Programa de Pós-Graduação em Geografia, faz sua defesa de tese no Anfiteatro II, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp

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A Banca Examinadora foi constituída para acompanhar a defesa de Tese de Doutorado da aluna Quésia Duarte da Silva, do Programa de Pós-Graduação em Geografia na FCT/UNESP.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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