nov 01

A semana do Livro e da Biblioteca realizada este ano entre os dias 24 e 27/Outubro foi marcante sob todos os aspectos e pontos de vista. Na abertura (com o ambiente totalmente decorado) a presença dos Diretores da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Profs.Drs. Antonio Nivaldo Hespanhol e Marcelo Messias, juntamente com outros Diretores setoriais, professores, alunos, ex-alunos e convidados.
O destaque inicial – após os pronunciamentos – foi a inauguração das Exposições, seguidas pela apresentação de uma peça teatral “Brincantes do Pisa chão” e no final, um coquetel de confraternização. Nos dias seguintes, foram mostrados outros atrativos com Oficina de Origami, c/Danielle Castaldelli; Bate papo c/a poetisa Larissa Minghin; Hora do Conto CELLIJ para infantes de 6 a 8 anos; sessões cinematográficas com o Cine Retrô.

No último dia destinado ao evento, o convidado especial foi o poeta e escritor (UBE), Raymundo Farias de Oliveira que conta atualmente 14 livros editados. Entre eles, o mais recente lançamento: Valsa do Adeus. São obras do autor: O comício (1979); Poemas da madrugada (1983); Prece ao vento (1984); Parlamentarismo (1986); Horário Nobre (1988); Companheiros de viagem (1990); Sob o céu de Jerusalém (1997); O espelho do tempo (1997); Poemas da tarde (1999); O voo das borboletas (2000); A República do Frei Caneca (2006); Voo noturno (2008); Sob a garoa de São Paulo (2010) e por fim, Valsa do Adeus (2011).
Raymundo Farias de Oliveira nasceu há 85 anos. Mais precisamente: em 23 de Agosto de 1926, em Missão Velha/Cariri, interior do Ceará. O povoado nasceu à sombra da Igreja católica sob o signo da Cruz dos colonizadores que chegavam à localidade, pregando o catolicismo – diz a história publicada no Google. Lá havia grande concentração de fósseis, mas a área escolhida por seus pais para sua moradia, foi a região de
Presidente Prudente, interior de São Paulo.

Ele conta que começou seus estudos no Grupo Escolar de Caiuá; depois se transferiu para Prudente onde fez o Tiro de Guerra (TG-121), freqüentou o Ginásio do Estado (IE Fernando Costa); e por fim, o Ginásio São Paulo (transformado posteriormente em Colégio São Paulo). Formou-se em Contabilidade e no dia 06/Agosto de 1963, concluiu o Curso de Direito pela Faculdade Toledo de Bauru. Em Presidente Prudente, na fase da ditadura de Vargas – entre os anos de 1944/1945 – ouviu os mais inflamados pronunciamentos diante da antiga PRI-5, com Mário Morais e outros grandes oradores.

No decorrer dos anos, trabalhava de dia e estudava à noite, dividindo sua atenção para a família, em Caiuá, Areia Dourada (Marabá Paulista), Presidente Venceslau, Presidente Prudente e definitivamente São Paulo, onde prestou concurso e assumiu durante 16 anos o cargo de Procurador do Estado.
Em sua palestra na Biblioteca da Unesp, Raymundo Farias de Oliveira relembrou diversas personalidades do seu tempo de escola, como: Dona Neusa Macuco, Dona Silvia Concato Cerávolo, e por acréscimo: suas dificuldades para cumprir as exigências escolares. Lembrou um episódio em que a professora recomendou a leitura de um livro para comentar numa lição posterior. E ele, na sua simplicidade alegou que sua leitura habitual estava entre o Almanaque Capivarol e o “Estadão”, que chegava embalando os pacotes de sabão, pois livro ele não tinha. Para cumprir a promessa no mês seguinte, precisou tomar de um colega, um dos livros por empréstimo.

O palestrante relembrou velhos amigos e companheiros que já partiram para outra dimensão. Dentre eles, Hélio Serejo com dezenas de livros editados e que dizia sempre: “Os livros são amigos generosos que nos acompanham; devem estar sempre abertos. Fechados, ficam no esquecimento”. Citou ainda outro provérbio: Quando se promove um churrasco, você convida 100 e aparecem 1.000; mas quando se convida 1.000 para o lançamento de um livro, aparecem no máximo 100.
Raymundo Farias de Oliveira fez referências a alguns títulos de suas obras dizendo: “Os livros são amigos generosos que acodem nos momentos da precisão saciando nossa fome espiritual. São discretos, humildes, sempre na penumbra das estantes aguardando nossa visita. Só então se abrem na sua sabedoria quieta, sem arrogância ou pedantismo. E nos ensinam com doce ternura e sagrado silêncio”.

Para o encerramento definitivo da Semana do Livro e da Biblioteca, o escritor Raymundo Farias de Oliveira foi convidado a demonstrar suas habilidades artísticas como músico. E o fez, com um violão que lhe foi cedido gentilmente para acompanhar outra revelação musical: a Bibliotecária Teresa Raquel Vanalli, como cantora de MPB. A apresentação embora improvisada, agradou a todos, recebendo calorosos aplausos da platéia presente. A concessão de autógrafos e um coquetel em homenagem aos visitantes marcaram o encerramento do evento cultural e artístico de 2011.

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Abertura e encerramento da Semana do Livro e da Biblioteca, com a mesa formada por Diretores da FCT/UNESP e da AVL, juntamente com o escritor convidado para a palestra.

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O poeta e escritor (ex-Procurador do Estado),Raymundo Farias de Oliveira veio de São Paulo especialmente para falar sobre seus livros.

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O palestrante que nasceu há 85 anos no Cariri (Missão Velha), relatou detalhes de sua vida desde que chegou à região de Presidente Prudente, onde estudou e fez brilhante carreira.

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Terminada a palestra, ele foi solicitado a demonstrar suas habilidades musicais. E o fez com um violão, acompanhando outra revelação: Teresa Raquel Vanalli. Também concedeu autógrafos ao seu último lançamento: o livro “Valsa do Adeus”!

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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