jun 13

“O capitalismo climático como espaço de reprodução do capital: governança do clima e dos sujeitos pessoais”, foi o tema do último dia 4 de Junho que o candidato ao Doutorado Paulo César Zangalli Junior (do Programa de Pós-Graduação em Geografia), defendeu publicamente no Anfiteatro II da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp – Câmpus de Presidente Prudente – SP. O Doutorando teve como seu Orientador, o Prof.Dr.João Lima Santanna Neto, do Deptº de Geografia da FCT/Unesp.

Integrando a Comissão Examinadora (além do Orientador acima citado), os seguintes docentes: Prof.Dr.Everaldo Santos Melazzo, do Deptº de Planejamento da FCT/Unesp; Prof.Dr.Guilherme Magon Whitacker, Pós-Doc – FCT/Unesp – Instituto de Políticas Públicas Públicas e Relações Internacionais; Profª.Drª.Catherine Prost, da Universidade Federal da Bahia/UFBA e Prof.Dr. Henri Acserad, do IPPUR/Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ.

A defesa pública se desenvolveu no período da manhã, isto é, a partir das 08h30 e prosseguindo até aproximadamente às 12h30. Sobre o tema defendido: “Buscando a comprovação da tese foram analisados um conjunto de normativas, diretrizes, planos e políticas públicas da União Européia e do Brasil de modo comparado” – diz o Doutorando. Ele acrescenta que para compreender de modo dialético o caráter contraditório inerente à relação sociedade e natureza, adotou-se estratégias como analise escalar da governança multinível, estruturando a tese numa 1ª parte, que apresenta o capitalismo climático. Uma 2ª parte se fundamenta na antitese, por meio da crítica da produção capitalista da natureza.

A síntese desses processos se deu por meio da identificação dos sujeitos envolvidos na formulação de políticas e por meio de comparação com o mercado de energia eólica no Brasil. Diante disso, concluiu-se que “o conjunto normativo e as políticas públicas sobre alterações climáticas estão voltadas à transição do atual estágio da economia capitalista para uma economia de baixo carbono. As políticas não são capazes de oferecer à sociedade uma alternativa que não seja voltada e orientada para o mercado das alterações climáticas e os interesses corporativos, prevalecendo sobre os interesses coletivos. O capitalismo climático herda um complexo geográfico, do qual tenta se apropriar para sua reprodução”.

O candidato ao Doutorado/Geografia, Paulo César Zangalli Jr. aduziu que “os sujeitos que produzem o capitalismo climático são os mesmos que produzem o capitalismo do clima no Brasil. Com destaque para o Pacto Global, pelo Clima e Conselho Empresarial para o desenvolvimento sustentável do Banco Mundial. As empresas do setor energético e financeiro, possuem grande relevância e destaque nessa rede. Dessa forma é imprescindível pensar em novas estruturas e novas relações sociais inerentes a novos modos de se produzir. Caso contrário, as políticas e as ações continuarão refletindo um paliativo aos problemas ambientais, sem de fato apontar caminhos para a solução efetiva dos problemas” – concluiu.

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O candidato Paulo César Zangalli Jr, do Programa de Pós-Graduação em Geografia defendeu tese de Doutorado no Anfiteatro II da FCT/Unesp, no dia 04 de Junho de 2018.

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O Doutorando teve como seu Orientador, o Prof.Dr.João Lima Santanna Neto, do Deptº de Geografia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Unesp/Presidente Prudente-SP.

Escrito por Assessoria de Comunicação e Imprensa - FCT UNESP

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